Mapear o corpo de uma múmia normalmente não é feito por ressonância, porque os corpos não possuem mais água. Uma técnica desenvolvida recentemente, no entanto, permite que pesquisadores estudem múmias egípcias. Nesta verificação pode ser visto que embalsamadores preencheram a parte de trás da cabeça da múmia com fluido semelhante à resina.
Os pesquisadores examinaram uma múmia de 2.900 anos de idade, utilizando raios-X, tomografia computadorizada e ressonância magnética (RM).
Eles descobriram que ela sofria da doença de Hand-Schuller-Christian, uma condição muito rara que a deixou com lesões no crânio e coluna vertebral. Um grande buraco em seu osso frontal-parietal pode ser facilmente visto nas imagens. Seu cérebro parece ter sido removido.
Cerca de 2.900 anos atrás, um homem egípcio antigo, provavelmente com seus 20 anos, faleceu depois de sofrer de uma doença rara além de possivelmente um câncer que também pode tê-lo deixado com um tipo de diabetes.
Quando ele morreu, ele foi mumificado, seguindo o procedimento da época. Os embalsamadores tiraram seu cérebro (através do nariz), derramaram resina, um tipo de fluido em sua cabeça e pelve, tiraram alguns órgãos e inseriram quatro “pacotes” de linho em seu corpo. Em algum momento, a múmia foi transferida para o sarcófago de 2.300 anos de idade de uma mulher chamada Kareset, um artefato que agora está no Museu Arqueológico de Zagreb, Croácia.
A transferência da múmia pode ter sido feita em meados do século 19 por comerciantes da antiguidade interessados em vender o sarcófago, mas com uma múmia dentro para aumentar o preço.
Até agora os cientistas identificaram uma múmia feminina que estava dentro do sarcófago egípcio. A nova pesquisa revela não só que o corpo não pertencia a Kareset, mas também que a múmia masculina estava doente. Seu corpo apresentava sinais de que sofria de Hand-Schuller-Christian, uma condição enigmática em que as células de Langerhans, um tipo de célula imunológica, encontrada na pele, multiplicam-se rapidamente.
“Eles tendem a substituir a estrutura normal do osso e outros tecidos moles”, Dr. Mislav Avka, um médico da Universidade de Zagreb, que é um dos líderes do estudo, disse em entrevista ao LiveScience. “Poderíamos dizer que é um tipo de câncer”.
Os cientistas ainda não têm certeza do que causa a doença, mas é muito rara, afetando cerca de um em 560.000 jovens adultos, mais frequentemente do sexo masculino.
“Em tempos antigos, era letal, sempre”, disse Avka, que acrescentou que hoje ela pode ser tratada.
A doença parece ter um efeito terrível sobre o corpo do homem atingido, com imagens que revelam que destruiu partes do seu esqueleto, deixando lesões líticas ao longo de sua coluna e crânio. Os exames também mostram o que parece ser um buraco gigante no osso parietal do seu crânio, e destruição de uma parte de uma das órbitas de seus olhos, conhecida como a “parte orbital”.
O processo de embalsamamento da múmia pode ter piorado um pouco o dano causado pela doença, disse Avka. Mesmo assim, os efeitos da doença teriam sido “muito, muito dolorosos”, e teriam afetado a aparência do homem, sobretudo na fase final, comentou o pesquisador.
Além disso, a doença pode tê-lo levado a sofrer de algum tipo de diabetes. Os exames mostram que sua sela túrcica, parte do crânio que contém a glândula pituitária, é superficial, o que sugere que esta glândula também foi afetada pela doença.
“Isso poderia ter levado a diabetes insipidus”, escrevem os pesquisadores em seus estudos. A condição teria tornado difícil para os seus rins conservarem água, algo que teria piorado a situação do homem. “Provavelmente ele ficava o tempo todo com sede, fome e sempre com vontade de urina”, disse Avka .
A morte deste homem desconhecido não oferece muitas pistas aos cientistas em relação ao mundo antigo. Eles têm debatido por muito tempo se câncer era ou não comum nos tempos remotos.
Alguns acreditam que, com a expectativa de vida menor e menos poluente, a prevalência do câncer foi muito baixa. Por outro lado, alguns estudiosos acreditam que o câncer é mais comum do que se pensava, porém difícil de ser detectado em restos muito antigos.
Os pesquisadores apontam essa múmia como sendo o terceiro caso conhecido da doença de Hand-Schuller-Christian no Egito antigo, sugerindo que a doença poderia ser comum naquela época. As novas descobertas estão detalhadas na edição mais recente da revista Antropologicum Collegium.
Eles descobriram que ela sofria da doença de Hand-Schuller-Christian, uma condição muito rara que a deixou com lesões no crânio e coluna vertebral. Um grande buraco em seu osso frontal-parietal pode ser facilmente visto nas imagens. Seu cérebro parece ter sido removido.
Cerca de 2.900 anos atrás, um homem egípcio antigo, provavelmente com seus 20 anos, faleceu depois de sofrer de uma doença rara além de possivelmente um câncer que também pode tê-lo deixado com um tipo de diabetes.
Quando ele morreu, ele foi mumificado, seguindo o procedimento da época. Os embalsamadores tiraram seu cérebro (através do nariz), derramaram resina, um tipo de fluido em sua cabeça e pelve, tiraram alguns órgãos e inseriram quatro “pacotes” de linho em seu corpo. Em algum momento, a múmia foi transferida para o sarcófago de 2.300 anos de idade de uma mulher chamada Kareset, um artefato que agora está no Museu Arqueológico de Zagreb, Croácia.
A transferência da múmia pode ter sido feita em meados do século 19 por comerciantes da antiguidade interessados em vender o sarcófago, mas com uma múmia dentro para aumentar o preço.
Até agora os cientistas identificaram uma múmia feminina que estava dentro do sarcófago egípcio. A nova pesquisa revela não só que o corpo não pertencia a Kareset, mas também que a múmia masculina estava doente. Seu corpo apresentava sinais de que sofria de Hand-Schuller-Christian, uma condição enigmática em que as células de Langerhans, um tipo de célula imunológica, encontrada na pele, multiplicam-se rapidamente.
“Eles tendem a substituir a estrutura normal do osso e outros tecidos moles”, Dr. Mislav Avka, um médico da Universidade de Zagreb, que é um dos líderes do estudo, disse em entrevista ao LiveScience. “Poderíamos dizer que é um tipo de câncer”.
Os cientistas ainda não têm certeza do que causa a doença, mas é muito rara, afetando cerca de um em 560.000 jovens adultos, mais frequentemente do sexo masculino.
“Em tempos antigos, era letal, sempre”, disse Avka, que acrescentou que hoje ela pode ser tratada.
A doença parece ter um efeito terrível sobre o corpo do homem atingido, com imagens que revelam que destruiu partes do seu esqueleto, deixando lesões líticas ao longo de sua coluna e crânio. Os exames também mostram o que parece ser um buraco gigante no osso parietal do seu crânio, e destruição de uma parte de uma das órbitas de seus olhos, conhecida como a “parte orbital”.
O processo de embalsamamento da múmia pode ter piorado um pouco o dano causado pela doença, disse Avka. Mesmo assim, os efeitos da doença teriam sido “muito, muito dolorosos”, e teriam afetado a aparência do homem, sobretudo na fase final, comentou o pesquisador.
Além disso, a doença pode tê-lo levado a sofrer de algum tipo de diabetes. Os exames mostram que sua sela túrcica, parte do crânio que contém a glândula pituitária, é superficial, o que sugere que esta glândula também foi afetada pela doença.
“Isso poderia ter levado a diabetes insipidus”, escrevem os pesquisadores em seus estudos. A condição teria tornado difícil para os seus rins conservarem água, algo que teria piorado a situação do homem. “Provavelmente ele ficava o tempo todo com sede, fome e sempre com vontade de urina”, disse Avka .
A morte deste homem desconhecido não oferece muitas pistas aos cientistas em relação ao mundo antigo. Eles têm debatido por muito tempo se câncer era ou não comum nos tempos remotos.
Alguns acreditam que, com a expectativa de vida menor e menos poluente, a prevalência do câncer foi muito baixa. Por outro lado, alguns estudiosos acreditam que o câncer é mais comum do que se pensava, porém difícil de ser detectado em restos muito antigos.
Os pesquisadores apontam essa múmia como sendo o terceiro caso conhecido da doença de Hand-Schuller-Christian no Egito antigo, sugerindo que a doença poderia ser comum naquela época. As novas descobertas estão detalhadas na edição mais recente da revista Antropologicum Collegium.
Fonte: Jornal Ciência
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