Fêmur de saurópode, Universidade Autônoma de Barcelona
Um estudo dos restos de uma espécie de dinossauros encontrados nas
montanhas dos Pirineus reforça a hipótese de que a extinção destes
animais não foi gradual, mas repentina, como consequência do impacto de
um asteroide sobre a Terra.
A descoberta paleontológica e sua posterior análise demonstraria que estes exemplares mantiveram sua diversidade até a extinção final, há 65 milhões de anos e, portanto, que seu desaparecimento não foi gradual como dizem certas teses, informou nesta terça-feira o Instituto Catalão de Paleontologia (ICP).
A revista científica "Paleo 3" publicou em sua última edição os
resultados da análise dos fósseis de dinossauros saurópodes encontrados
nos Pirineus, uma cordilheira localizada na fronteira entre Espanha e
França.
O estudo indica que os saurópodes - dinossauros herbívoros de pescoço e
cauda longos e andar quadrúpede - que viveram no final do Cretáceo na
Europa mantiveram sua diversidade até a extinção, cerca de 65 milhões de
anos, ao contrário das teorias gradualistas.
O trabalho de pesquisa, realizado por especialistas espanhóis da
Universidade de Zaragoza e da Universidade Autônoma de Barcelona, junto
com especialistas franceses e italianos, reforça a hipótese de que a
extinção dos dinossauros pôde ter sido brusca e repentina devido ao
impacto de um asteroide na Terra e ao desajuste meio ambiental causado
pelo evento.
Os pesquisadores, dirigidos por Bernat Vila, da Universidade de
Zaragoza e do ICP, estudaram os ossos de fêmur achados em jazidas dos
Pirineus e no sul e sudeste da França, áreas que no final do Cretáceo
faziam parte da chamada Ilha Ibero-Armoricana, um antigo arquipélago que
existiu no sul da Europa, assinalaram as fontes.
Os autores destacam que a extinção dos dinossauros é um dos fatos mais
relevantes da história da vida na Terra ao se relacionar com o impacto
de um grande objeto extraterrestre.
No entanto, apontam, há poucos lugares no mundo com um registro fóssil de dinossauros que coincide com o limite do Cretáceo.
A maior parte da informação registrada até a atualidade se baseava no
abundante e bem conhecido registro fóssil de dinossauros do oeste da
América do Norte, enquanto o que tinha acontecido no resto do planeta
era bastante desconhecido.
No trabalho publicado agora faz-se pela primeira vez um estudo
exaustivo dos fósseis de dinossauros saurópodes da Europa nos últimos
milhões de anos do Cretáceo.
Neste sentido, o artigo demonstra que os Pirineus constituem um lugar
ideal para responder se o impacto do asteroide foi a causa da extinção
dos dinossauros ou não.
Fonte: UOL
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