Novas crenças e escrituras religiosas surgiram no século 20. Em algumas delas, os anjos tradicionalmente associados à revelação foram substituídos por extraterrestres.
"Parai o mais breve possível com as experiências bélicas ou ireis
presenciar terríveis sofrimentos”, anuncia um ser alto, loiro e vestido
com um uniforme de astronauta.
A mensagem é transmitida ao brasileiro Paulo Fernandes, uma das pessoas que dizem ter recebido a palavra do comandante Ashtar Sheran, extraterrestre da constelação de Alfa Centauro, extraterrestre preocupado com o destino da humanidade. Em sua “revelação”, ele pede que o jovem divulgue suas mensagens de paz e amor pela terra.
O encontro parece obra de ficção científica, mas está no livro O Jovem que se Encontrava com Extraterrestres, de 1972.
Antes dele, pelo menos outras duas pessoas, um inglês e um alemão, publicaram livros sobre um contato sagrado com o Comandante Ashtar, como é conhecido, e suas recomendações para a salvação.
E ainda existem dezenas de outras obras sobre contatos sagrados entre humanos e habitantes de outros mundos. Esses livros são a base de novas religiões em que ETs são objeto de culto.
Os seguidores dessas correntes acreditam que habitantes de outros planetas são os criadores da raça humana ou espíritos mais evoluídos encarregados de nos orientar espiritualmente – crença sugerida inclusive pelo Livro dos Espíritos, publicado por Allan Kardec ainda no século 19.
Desde então, esses seres visitam a Terra e se comunicam com alguns poucos escolhidos para proteger e ajudar a humanidade, mais ou menos como anjos e deuses de outras religiões. A maioria das pessoas que encontram esses profetas funda seitas.
Esse tipo de crença começou a surgir no fim da década de 1940, com o mundo mergulhado nas paranóias da Guerra Fria e na corrida espacial.
Naquela época surgiram os primeiros relatos de ovnis, logo associados a discos voadores pilotados por extraterrestres. É nesse clima que surgem os “contatados”: homens e mulheres que recebem revelações de ETs e são encarregados de divulgar sua palavra.
Tal como Buda, Moisés e Jesus, os contatados viraram os profetas da era espacial, com crenças semelhantes às de outras religiões. A diferença é que suas figuras sagradas são verdes ou usam roupas de astronauta.
Hoje basta navegar na internet para encontrar centenas de cultos a extraterrestres espalhados pelo mundo.
É verdade que essa mistura de religião e ufologia ainda causa estranheza, especialmente depois que os integrantes de um desses grupos, o Heaven·s Gate, cometeram suicídio coletivo no estado americano da Califórnia, nos anos 90.
Mas para o cientista da religião Alberto Moreira, da Universidade Federal de Juiz de Fora, esses grupos fazem sucesso por causa de uma necessidade bem terrena. “As pessoas têm necessidade de encantamento e fascínio para viver. E algumas buscam isso além do horizonte.”
Sediado no Canadá, esse grupo atrai simpatizantes no mundo inteiro com a idéia de que os seres humanos foram criados por manipulação genética à imagem e semelhança dos elohim (“aqueles que vieram do céu”, em hebraico). Os raelianos consideram o ex-jornalista francês Rael seu líder e profeta e aguardam o retorno dos ETs, previsto para 2035, conforme diz o livro A mensagem Transmitida pelos Extraterrestres.
Ele é loiro, alto, mora na constelação de Alfa Centauro e seu nome quer dizer “o sol que mais brilha”, em sânscrito. Usa uma roupa de astronauta com uma insígnia no peito, símbolo da Frota Intergaláctica, grupo de naves que ele comanda para zelar pela segurança da Terra. Seu contato no Brasil foi com o baiano Paulo Fernandes, autor de O Jovem Que se Comunicava com Extraterrestres.
Os fãs acharam estranho quando Tim Maia largou o álcool e as drogas, se vestiu de branco e passou a cantar “leia o livro Universo em Desencanto”. O livro de 1 006 volumes contém os ensinamentos e a doutrina da Cultura Racional, movimento religioso fundado nos anos 70 pelo carioca Manoel Jacintho Coelho a partir da revelação feita pelos racionais, extraterrestres considerados puros e perfeitos.
Os seres contatados pelo ex-cineasta José Trigueirinho Netto estão bem perto de nós – mais precisamente no interior da Terra. Ele registrou a revelação em A Nave de Noé e a Quinta Raça. O livro diz que a missão dos intraterrestres é conduzir a humanidade para uma nova era de paz e harmonia. E que, se algo der errado, eles têm naves espaciais capazes de resgatar os seres humanos.
A mensagem é transmitida ao brasileiro Paulo Fernandes, uma das pessoas que dizem ter recebido a palavra do comandante Ashtar Sheran, extraterrestre da constelação de Alfa Centauro, extraterrestre preocupado com o destino da humanidade. Em sua “revelação”, ele pede que o jovem divulgue suas mensagens de paz e amor pela terra.
O encontro parece obra de ficção científica, mas está no livro O Jovem que se Encontrava com Extraterrestres, de 1972.
Antes dele, pelo menos outras duas pessoas, um inglês e um alemão, publicaram livros sobre um contato sagrado com o Comandante Ashtar, como é conhecido, e suas recomendações para a salvação.
E ainda existem dezenas de outras obras sobre contatos sagrados entre humanos e habitantes de outros mundos. Esses livros são a base de novas religiões em que ETs são objeto de culto.
Os seguidores dessas correntes acreditam que habitantes de outros planetas são os criadores da raça humana ou espíritos mais evoluídos encarregados de nos orientar espiritualmente – crença sugerida inclusive pelo Livro dos Espíritos, publicado por Allan Kardec ainda no século 19.
Desde então, esses seres visitam a Terra e se comunicam com alguns poucos escolhidos para proteger e ajudar a humanidade, mais ou menos como anjos e deuses de outras religiões. A maioria das pessoas que encontram esses profetas funda seitas.
Esse tipo de crença começou a surgir no fim da década de 1940, com o mundo mergulhado nas paranóias da Guerra Fria e na corrida espacial.
Naquela época surgiram os primeiros relatos de ovnis, logo associados a discos voadores pilotados por extraterrestres. É nesse clima que surgem os “contatados”: homens e mulheres que recebem revelações de ETs e são encarregados de divulgar sua palavra.
Tal como Buda, Moisés e Jesus, os contatados viraram os profetas da era espacial, com crenças semelhantes às de outras religiões. A diferença é que suas figuras sagradas são verdes ou usam roupas de astronauta.
Hoje basta navegar na internet para encontrar centenas de cultos a extraterrestres espalhados pelo mundo.
Marshall Apllewhite, líder da seita Heaven·s Gate
É verdade que essa mistura de religião e ufologia ainda causa estranheza, especialmente depois que os integrantes de um desses grupos, o Heaven·s Gate, cometeram suicídio coletivo no estado americano da Califórnia, nos anos 90.
Mas para o cientista da religião Alberto Moreira, da Universidade Federal de Juiz de Fora, esses grupos fazem sucesso por causa de uma necessidade bem terrena. “As pessoas têm necessidade de encantamento e fascínio para viver. E algumas buscam isso além do horizonte.”
Fé no outro mundo
Veja algumas seitas e livros que cultuam Ets
Movimento raeliano
Rael
Sediado no Canadá, esse grupo atrai simpatizantes no mundo inteiro com a idéia de que os seres humanos foram criados por manipulação genética à imagem e semelhança dos elohim (“aqueles que vieram do céu”, em hebraico). Os raelianos consideram o ex-jornalista francês Rael seu líder e profeta e aguardam o retorno dos ETs, previsto para 2035, conforme diz o livro A mensagem Transmitida pelos Extraterrestres.
Ashtar Sheran
Ashtar Sheran
Ele é loiro, alto, mora na constelação de Alfa Centauro e seu nome quer dizer “o sol que mais brilha”, em sânscrito. Usa uma roupa de astronauta com uma insígnia no peito, símbolo da Frota Intergaláctica, grupo de naves que ele comanda para zelar pela segurança da Terra. Seu contato no Brasil foi com o baiano Paulo Fernandes, autor de O Jovem Que se Comunicava com Extraterrestres.
Cultura racional
Manoel
Jacintho Coelho
Os fãs acharam estranho quando Tim Maia largou o álcool e as drogas, se vestiu de branco e passou a cantar “leia o livro Universo em Desencanto”. O livro de 1 006 volumes contém os ensinamentos e a doutrina da Cultura Racional, movimento religioso fundado nos anos 70 pelo carioca Manoel Jacintho Coelho a partir da revelação feita pelos racionais, extraterrestres considerados puros e perfeitos.
Trigueirinho
José Trigueirinho Netto
Os seres contatados pelo ex-cineasta José Trigueirinho Netto estão bem perto de nós – mais precisamente no interior da Terra. Ele registrou a revelação em A Nave de Noé e a Quinta Raça. O livro diz que a missão dos intraterrestres é conduzir a humanidade para uma nova era de paz e harmonia. E que, se algo der errado, eles têm naves espaciais capazes de resgatar os seres humanos.
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