Ilustração Josh Crockett
O verão siberiano tem registrado este ano altas temperaturas sem precedentes e parece que tal está a fazer o yeti (homem das neves) abandonar os lugares habituais na região de Kuzbass e migrar para norte.
Na última semana, foram avistados homens das neves
não apenas na parte superior do rio Mras-Su, que corre ao sul da região
de Kemerovo, mas também muito mais a norte, perto da caverna de
Azasskaia, que os jornalistas já denominaram de "a casa do yeti".
Acreditar ou não acreditar nas histórias sobre os encontros com homens das neves,
cada um decide por si mesmo.
De acordo com os pescadores da aldeia de
taiga Toz, eles viram duas criaturas estranhas, altas e cobertas com
cabelos grossos, que inicialmente confundiram com roupas escuras, na
margem do rio Mras-Su, quando navegavam de barco.
As criaturas estavam
bebendo água e não responderam às saudações, por isso os pescadores
perguntaram se tudo estava em ordem. Uma testemunha, Vitali Verchinin,
relata o estranho encontro:
"Perguntamos: Precisam de
ajuda? Mas eles começaram a correr na direção oposta após se levantarem
nos membros traseiros – eram todos inteiramente cabeludos. Estavam se
movendo empurrando com os membros dianteiros os arbustos. Pensamos: um
urso, de qualquer maneira, não corre desse jeito, porque, correndo, se
apóia em quatro patas. Estes correm como se fossem pessoas."
De acordo com cientistas, o calor poderia ter provocado a migração de homens das neves para o norte da sua caverna de Azasskaia.
O diretor do Centro Internacional de Homologia em Moscou, Igor Burtsev, estuda o Pé-Grande,
como também é conhecido na América do Norte e Canadá, há quase meio
século.
Ele colabora com milhares de pesquisadores voluntários de todo o
mundo, porque a Homologia não é reconhecida oficialmente como ciência.
Os Pés-Grandes vivem em todo o mundo mas a maior população de toda a Rússia está concentrada nas Montanhas de Shoria, diz Igor Burtsev:
"Nós
chegámos à conclusão que esta criatura é, em princípio, um ser humano,
porque até sabe falar e comunicar com as pessoas. Este é o principal
critério de seres humanos. Mas eles são uma espécie diferentes de nós.
São criaturas perfeitamente adaptadas à natureza. Vivem em condições
selvagens, levam uma vida praticamente como animais, não usam
ferramentas, roupas e fogo, embora sejam bastante inteligentes. Eles têm
a sua própria arma – as capacidades paranormais. É por isso que eles
sobreviveram, mesmo em competição com o ser humano. Eles simplesmente
saíram para outra dimensão – não do além, mas noturna e sempre têm
fugido do ser humano para lugares remotos e pouco povoados."
Em
outubro do ano passado, uma expedição internacional liderada por
Burtsev, da qual faziam parte cientistas dos EUA, Canadá, Suécia,
Estônia e Rússia, visitou a caverna de Azasskaia na região de Kuzbass.
Eles não encontraram yetis, mas no barro notaram uma pegada de
45 centímetros de uma criatura desconhecida, com cabelos colados.
O
estudo destes cabelos com o microscópio eletrônico no Instituto
Zoológico da Academia de Ciências em São Petersburgo confirmou que o yeti
de Kuzbass não é um mito.
Seu cabelo era idêntico aos dos cabelos de
homens das neves encontrados em diferentes partes do mundo: todos eles
pertencem à mesma espécie.
O geneticista Brian Sacks, professor do
Wolfson College da Universidade de Oxford, pretende pôr fim às décadas
de disputas sobre o yeti e o seu parentesco com os seres
humanos.
Usando as tecnologias mais avançadas, ele já começou a
pesquisar os restos dos habitantes misteriosos encontrados em lugares
distantes. Em dezembro, o cientista planeja apresentar à comunidade
mundial os resultados do seu trabalho.
Fonte: Voz da Rússia
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