O britânico Gary McKinnon admitiu ter invadido sistemas militares americanos e lutava contra a extradição desde 2005 /Foto: Reuters
O hacker britânico Gary McKinnon, acusado pelos Estados
Unidos de invadir sistemas militares, será poupado de extradição para
território americano porque corre risco de cometer suicídio, declarou a
ministra britânica Theresa May na terça-feira, segundo informações da
agência Reuters.
"Cheguei à conclusão de que a extradição de Sr. McKinnon daria origem
a um risco tão elevado de ele acabar com sua vida que a decisão de
extraditar seria incompatível com os direitos humanos dele", disse a
ministra diante do parlamento, ao retirar a ordem de extradição contra o
hacker.
McKinnon já luta contra a extradição há sete anos, desde que foi
preso pela polícia britânica - se for condenado nos EUA, pode pegar pena
de 60 anos de prisão pelo "maior hack militar de todos os tempos",
conforme definiu um promotor de justiça americano.
O hacker admite ter
invadido computadores da Nasa e do Pentágono usando o pseudônimo "Solo",
mas alegou estar somente buscando por evidências omitidas sobre OVNIs.
As autoridades americanas dizem que McKinnon acessou 97 computadores
militares e da Nasa entre 2001 e 2002, desativando sistemas navais
importantes e gerando danos avaliados em mais de US$ 700 mil.
O hacker é portador da Síndrome de Asperger, um tipo de autismo.
"McKinnon é acusado de crimes graves, mas também não há dúvida de que
ele está gravemente doente", apontou a Ministra, explicando que tomou
sua decisão de não extraditá-lo após estudar relatórios médicos e
receber conselhos "extensivamente" legais.
A partir de agora, são os promotores britânicos que devem decidir se
McKinnon ainda tem algum caso a responder perante um tribunal.
Fonte: Terra
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