sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Nova espécie de leão com juba negra foi descoberta em um zoológico da Etiópia





Já faz algum tempo que os naturalistas na África notaram algumas peculiaridades nos leões da Etiópia, país do nordeste africano.


A principal diferença é uma juba negra que se estende pela cabeça, pescoço, peito e barriga. O tamanho diminuto (para os padrões deste felino) também chama a atenção. 
Mas foi só com uma recente análise genética que foi comprovada a existência de uma nova espécie, da qual eles fazem parte.


A espécie existe apenas ali, no zoológico de Adis Abeba, capital etíope, e já motivou iniciativas de conservação para preservar a espécie.


Os pesquisadores são uma equipe internacional liderada pela Universidade de York, Reino Unido, e o Instituto Max Planck para a Antropologia Evolutiva, na Alemanha. 
Os pesquisadores compararam amostras de DNA de 15 leões do zoológico (oito machos e sete fêmeas) com amostras de espécies encontradas na vida selvagem (seis grupos selvagens distintos).


Análises no DNA mitocondrial mostraram que a composição genética dos leões de Adis Abeba é distinta dos outros felinos.


Como nova espécie, esses leões estão sendo beneficiados com ações em prol de sua conservação, incluindo um programa de cópula em cativeiro, para promover a reprodução da espécie.
As análises também mostraram um cenário propício para o endocruzamento, ou seja, o cruzamento entre indivíduos geneticamente parecidos.


Os leões do zoológico são os únicos conhecidos que possuem a juba característica, um indício de que esta espécie talvez exista apenas no cativeiro. Mas nem todas as esperanças estão perdidas, conforme explica o Wildlife Extra:


“Foi sugerido anteriormente que nenhum leão comparável àqueles do zoológico de Adis Abeba ainda exista na natureza, principalmente devido à caça por suas jubas. Contudo, os pesquisadores dizem que, de acordo com as autoridades etíopes, leões com uma aparência similar à dos leões do zoológico de Adis Abeba ainda existem nas regiões leste e nordeste do país, principalmente no Santuário de elefantes Babile, próximo a Harar e ao sul de Hararghe. Essas regiões, dizem os pesquisadores, devem ser priorizadas para pesquisas de campo”.


O professor Hofreiter disse: “Uma questão chave é de que população selvagem os leões do zoológico vieram e se essa população ainda existe; isso obviamente faria dela uma prioridade para conservação. 
O que está claro é que esses leões não surgiram no zoológico, mas vieram de algum lugar na natureza – mas não de qualquer população com os dados comparativos que temos”.


Os resultados do estudo foram publicados no European Journal of Wildlife Research.



Nenhum comentário:

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...