No dia 4 de Novembro, há 90 anos, o arqueólogo britânico Howard Carter descobriu um túmulo com mais de 3 mil anos.
No interior estava o faraó
Tutankhamon, que se pensa ter morrido entre os 17 e os 19 anos. Foi a
primeira vez na história que se descobriu um túmulo e um tesouro de um
faraó.
O arqueólogo britânico Howard Cárter, responsável pela descoberta do túmulo, começou a fazer escavações no Egito em 1891.
Depois da I Guerra Mundial, intensificou as buscas com ajuda financeira
do seu mecenas Lord Carnarvon.
A múmia de Tutankhamon foi encontrada dentro de um sarcófago de pedra,
que continha três caixões encaixados uns nos outros. O último era feito
em ouro.
Como morreu tão cedo, sabe-se que o seu túmulo não é tão suntuoso como o da maioria dos faraós. É menor já que foi construído rapidamente. Apesar disso, é um dos mais populares do imaginário moderno.
Quando os membros da expedição envolvidos na descoberta do túmulo começaram a morrer, surgiu a crença de que se tratava de uma maldição. Lord Carnarvon, mecenas de Howard Cárter, morreu a 5 de Abril de 1923 antes da abertura do sarcófago.
Pouco depois, o médico que fez
radiografias à múmia e alguns dos primeiros visitantes do túmulo
morreram também. No dia em que o túmulo foi finalmente aberto, o canário
de Cárter (animal protetor dos faraós) foi engolido por uma serpente.
O túmulo era para ter sido inicialmente construído em Amarna, mas acabou por ser erguido no Vale dos Reis, no sul do Egito. Setenta dias após a sua morte, o corpo mumificado foi depositado num sarcófago e o túmulo foi selado.
Além do túmulo, os arqueólogos descobriram centenas de objetos, a maioria dos quais faz hoje parte do espólio do Museu Egípcio, no Cairo.
Muitos são artefatos de ouro que os egípcios acreditavam que o faraó
utilizaria depois da sua morte, como jogos de tabuleiro, um trono e
várias camas.
Depois de encontrado o túmulo, Cárter e a sua equipe passaram 17 anos a explorar o local e a analisar todos os objetos, onde estavam incluídos óleos, colares, pulseiras, anéis e uma infinidade de artefatos valiosos.
Tutankhamon subiu ao trono com apenas 9 anos, sucedendo a Semenkhakare. Como era muito jovem, o governo foi assumido por Aye e Horemheb, mais tarde eles próprios faraós.
Tutankhamon tinha 10 anos quando se casou com a meia-irmã Ankhesenamon. Tiveram duas filhas, mas nasceram ambas mortas.
Quatro anos depois de se ter tornado governante, o faraó mudou de nome. De Tutankhaton passou a chamar-se Tutankhamon, que significa imagem viva de Amon.
A alteração está ligada à rejeição das doutrinas religiosas de Akhenaton que tentam implementar um culto monoteísta e com a restauração dos deuses antigos.
Da educação de Tutankhamon, o 12º faraó da 18º dinastia egípcia, fez parte um intensivo treino militar. Pensa-se que terá tido especial aptidão para o tiro ao arco.
Em Novembro de 2007, o rosto de Tutankhamon foi exposto publicamente, uma vez que graças ao processo de mumificação permanece intacto até aos dias de hoje.
O jovem faraó tinha a pele escura e as maçãs do rosto salientes. A apresentação, que aconteceu no Vale dos Reis, sul do Egito, teve direito a cobertura ao vivo em vários canais de televisão internacionais.
Depois de uma investigação de mais de dois anos, um grupo de cientistas descobriu que o faraó sofria de uma doença óssea e que provavelmente terá morrido de malária.
“Uma fratura na perna provocada por uma queda pode ter-se tornado uma ameaça fatal quando Tutankhamon apanhou malária”, explicou à BBC o arqueólogo Zahi Hawass.
Os resultados da investigação foram publicados no Journal of the American Medical Association, em Fevereiro de 2010.
Fonte: Sábado
Nenhum comentário:
Postar um comentário