quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Pesquisador amazonense detecta nova espécie de planta


Nome da pradosia lahoziana terra-araújo é homenagem a pesquisador da Universidade de Londrina, informou o biólogo Mário Henrique Terra (Foto: Divulgação)



Parte do estudo de Mário Henrique Terra, publicado em meados de 2011 (Foto: Arquivo Pessoal/Mário Henrique Terra)


Planta já existia desde os anos 70, mas só foi estudada em 2011.  Espécie está no herbário do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia.
 
 
Uma viagem a Nova York rendeu ao biólogo Mário Henrique Terra a descoberta de uma nova espécie de planta.


A pradosia lahoziana terra-araújo, como ficou conhecida, foi detectada pelo pesquisador no Jardim Botânico da cidade norte-americana, para onde viajou com o intuito de fazer uma parte de seu doutorado - ele é aluno do Programa de Botânica do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).


Segundo Terra, a amostra existente em Nova York datava de 1973. No entanto, nunca havia sido catalogada.


"Um dos maiores problemas que temos é a deficiência no número de taxonomistas (especialistas em classificação de seres vivos). É uma lacuna não só no Brasil como em outros lugares do mundo. Por isso demorou tanto tempo até que a planta fosse descoberta, porque, até então, apenas um especialista havia feito a revisão dessa espécie nos anos 90. Entretanto, ele não se aprofundou no estudo", conta o biólogo.


Uma das maneiras de detectar uma espécie nova, de acordo com o pesquisador, é verificar as suas características. No caso da pradosia lahoziana terra-araújo, as árvores podem chegar a até 12 metros de altura.


"Além disso, ela possui estrutura reprodutiva no tronco e pequenas estruturas no pecíolo (ligação entre o caule ou o ramo e o limbo da folha)", destaca.


O processo para registrar a planta durou seis meses. O pesquisador explica que, para um estudo sobre determinada espécie ser válido, deve-se redigir um artigo científico com descrição da morfologia e uma ilustração, além de outras informações, como local onde ocorre a distribuição, status de conservação e se está em risco de extinção.


"O passo seguinte é publicar em um meio de comunicação científico com tiragem. Não pode ser em qualquer revista", afirma.


Homenagem e reconhecimento


O nome da planta é uma homenagem a José Eduardo Lahoz, um pesquisador de renome da Universidade de Londrina que, segundo Terra, "contribuiu muito para o conhecimento e estudo da flora amazônica".


Em 2011, o resultado do trabalho do doutorando teve a distinção de ser a 240 espécie catalogada no herbário do Inpa.


Sobre o risco de extinção da espécie, o biólogo destacou que ela ainda existe, mas que precisa de cuidados para não desaparecer. 
 
 
 
No Brasil, a planta pode ser encontrada na Amazônia Central. "Ela existe na Escola Agrotécnica, do outro lado do Rio Negro", revela o pesquisador.


 
 
 Fonte: G1

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