Eunice e João estão estocando alimentos e cobertores para o fim do mundo (Foto: Ivanete Damasceno/G1)
Ela diz que a partir do dia 21 vários 'fenômenos' irão acontecer. Historiador explica que teoria é erro de interpretação de calendário maia.
Livros, água, alimentos, remédios e roupas de frio fazem parte de uma
lista de itens de sobrevivência de um grupo em Porto Velho.
Lideradas pela vidente Eunice Coelho, as pessoas já têm diversos produtos estocados em um abrigo secreto, localizado na área rural da cidade, numa preparação para o dia 21 de dezembro -- quando, segundo uma teoria controversa baseada no calendário maia, aconteceria o "fim do mundo".
“Não tenho como prever o dia certo porque as entidades espirituais trabalham com datas aproximadas", diz Eunice. "Eles foram claros ao dizer que devíamos nos preparar para coisas ruins”, afirma.
O historiador e professor da Faculdade Porto Velho Aleks Palitot explica que o misticismo em torno do fim do mundo é, na verdade um erro de interpretação do calendário maia.
Segundo o historiador, os maias seguem um calendário cíclico, de 52 anos e, de acordo com a cultura, quando um ciclo se cumpre, provoca várias tranformações.
Mochilas foram preparadas para enfrentar os fenômenos que antecederão o fim do mundo (Foto: Ivanete Damasceno/G1)
"Essas tranformações são no apecto econômico, religioso, social, e até nos conflitos bélicos ao qual os maias estavam envolvidos, obrigando toda uma sociedade a sair do conformismo e mudar", diz Palitot.
Eunice e seu marido, o aposentado João Carlos Bespalhok, de 79 anos, são líderes do grupo Núcleo da Divina Luz Irradiante sem Limite e dizem viver experiências com "seres astrais numa forma de espiritismo invertido".
Para a vidente, um alinhamento no centro da galáxia, onde estará a Terra, pode provocar eventos surpreendentes, como a mudança da correnteza dos rios e até influenciar o tempo cronometrado pelo relógio.
Bespalhok, de 79 anos, acredita que vai acontecer uma mudança de ciclo na Terra. “As mudanças de ciclos provocam extinções de espécies. Estou me preparando para algo como o fim do mundo porque acredito nas visões da Eunice. Ela é vidente desde criança e eu acredito no que ela diz”, afirma.
Mas ele diz não se preocupar, porque esse tipo de mudança, acredita, já aconteceu outras vezes na humanidade, que permanece viva e evoluindo. “Eu sigo o que ela diz. Mas estou sentindo as coisas”, diz.
Bespalhok diz ter medo dos fenômenos que antecederão o suposto "fim do mundo", como inundações.
Os alimentos são estocados em garrafas PET para não estragarem, segundo Eunice Coelho (Foto: Ivanete Damasceno / G1)
Por isso, o casal está preparando mochilas de sobrevivência contendo água, remédios, pá desmontável entre outros itens. "Temos medo de não conseguir chegar a tempo ao abrigo e os itens da mochila podem nos manter por dois meses", afirma Eunice.
Segundo o casal, todas as pessoas do grupo, cerca de 20 pessoas, foram avisadas por Eunice do "comunicado emitido pelos astros" e algumas ajudam na preparação e estocagem de alimentos. Entre os produtos estocados estão cerca de 1,7 mil livros “para preservar o conhecimento e a cultura”.
“Somos casados há 17 anos e vivemos cada dia nos preparando para o pior. Mas, esperamos que o melhor aconteça. Se o mundo vai acabar eu não sei. Sei que estou preparada para isso”, diz Eunice.
Fonte: G1
Lideradas pela vidente Eunice Coelho, as pessoas já têm diversos produtos estocados em um abrigo secreto, localizado na área rural da cidade, numa preparação para o dia 21 de dezembro -- quando, segundo uma teoria controversa baseada no calendário maia, aconteceria o "fim do mundo".
“Não tenho como prever o dia certo porque as entidades espirituais trabalham com datas aproximadas", diz Eunice. "Eles foram claros ao dizer que devíamos nos preparar para coisas ruins”, afirma.
O historiador e professor da Faculdade Porto Velho Aleks Palitot explica que o misticismo em torno do fim do mundo é, na verdade um erro de interpretação do calendário maia.
Segundo o historiador, os maias seguem um calendário cíclico, de 52 anos e, de acordo com a cultura, quando um ciclo se cumpre, provoca várias tranformações.
Mochilas foram preparadas para enfrentar os fenômenos que antecederão o fim do mundo (Foto: Ivanete Damasceno/G1)
"Essas tranformações são no apecto econômico, religioso, social, e até nos conflitos bélicos ao qual os maias estavam envolvidos, obrigando toda uma sociedade a sair do conformismo e mudar", diz Palitot.
Eunice e seu marido, o aposentado João Carlos Bespalhok, de 79 anos, são líderes do grupo Núcleo da Divina Luz Irradiante sem Limite e dizem viver experiências com "seres astrais numa forma de espiritismo invertido".
Para a vidente, um alinhamento no centro da galáxia, onde estará a Terra, pode provocar eventos surpreendentes, como a mudança da correnteza dos rios e até influenciar o tempo cronometrado pelo relógio.
Bespalhok, de 79 anos, acredita que vai acontecer uma mudança de ciclo na Terra. “As mudanças de ciclos provocam extinções de espécies. Estou me preparando para algo como o fim do mundo porque acredito nas visões da Eunice. Ela é vidente desde criança e eu acredito no que ela diz”, afirma.
Mas ele diz não se preocupar, porque esse tipo de mudança, acredita, já aconteceu outras vezes na humanidade, que permanece viva e evoluindo. “Eu sigo o que ela diz. Mas estou sentindo as coisas”, diz.
Bespalhok diz ter medo dos fenômenos que antecederão o suposto "fim do mundo", como inundações.
Os alimentos são estocados em garrafas PET para não estragarem, segundo Eunice Coelho (Foto: Ivanete Damasceno / G1)
Por isso, o casal está preparando mochilas de sobrevivência contendo água, remédios, pá desmontável entre outros itens. "Temos medo de não conseguir chegar a tempo ao abrigo e os itens da mochila podem nos manter por dois meses", afirma Eunice.
Segundo o casal, todas as pessoas do grupo, cerca de 20 pessoas, foram avisadas por Eunice do "comunicado emitido pelos astros" e algumas ajudam na preparação e estocagem de alimentos. Entre os produtos estocados estão cerca de 1,7 mil livros “para preservar o conhecimento e a cultura”.
“Somos casados há 17 anos e vivemos cada dia nos preparando para o pior. Mas, esperamos que o melhor aconteça. Se o mundo vai acabar eu não sei. Sei que estou preparada para isso”, diz Eunice.
Fonte: G1
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