Asteroide irá percorrer uma trajetória próxima da Terra pelos próximos 30 anos
Um asteroide com um diâmetro aproximado de 45 metros –
equivalente ao volume de uma piscina olímpica – passou nesta
sexta-feira a cerca de 28 mil km da Terra. Essa é a menor distância já
registrada no monitoramento de corpos celestes com esse tamanho.
Identificado como 2012 DA14, ele passou a uma
distância da Terra inferior à de satélites geoestacionários, mas não
houve risco de colisão.
O ponto mais próximo da superfície terrestre de sua trajetória foi registrado às 19h25 GMT (17h25 no horário de Brasília).
A passagem do asteroide foi precedida por uma
chuva de meteoritos na Rússia, causada pela entrada de um meteoro na
atmosfera terrestre. No entanto, cientistas acreditam que os dois
eventos não têm relação.
Alan Fitzsimmons, perquisador da Universidade
Queens em Belfast, na Irlanda do Norte, disse à BBC News que a
ocorrência de ambos no mesmo dia é somente "uma coincidência cósmica".
Oportunidade única
O asteroide orbita o Sol em 368 dias - um período semelhante ao do ano terrestre - mas não o faz no mesmo plano que a Terra.
Ele passou perto da Terra, a 7,8 km/s, sobrevoando o hemisfério sul do planeta e seguindo em direção noroeste.
O corpo celeste passou diretamente sobre o Oceano Índico. Foi possível vê-lo da Europa Oriental, da Ásia e da Austrália.
Muitos observadores assistiram à passagem do
asteróide ao vivo pela internet, em transmissões como a do Laboratório
de Propulsão a Jato da Nasa.
O 2012 DA14 foi visto pela primeira vez em
fevereiro de 2010 por astrônomos do Observatório Astronômico de La Sagra
na Espanha - cuja principal atividade é a descoberta e localização de
pequenos corpos celestes (asteroides e cometas).
Eles avistaram o asteroide após sua passagem anterior, a uma distância muito maior.
Por meio de suas observações, eles conseguiram
calcular as trajetórias passadas e futuras do asteroide e prever a
passagem desta sexta-feira, que será a mais próxima da Terra por pelo
menos 30 anos.
O professor Fitzsimmons disse que é uma
oportunidade científica única. "Quando os asteroides passam assim tão
perto, é muito importante tentar aprender sobre eles", diz.
"Conseguimos mais conhecimento sobre esses pequenos objetos, que tem mais probabilidade de impacto com a Terra."
Fonte: BBC
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