terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Telepatia eletrônica e telecinese através de tatuagens temporárias. Você acredita?




Na robótica, controlar máquinas com o poder do pensamento já é realidade.


Nos últimos anos, implantes cerebrais permitiram que pacientes voltassem a se comunicar, controlando máquinas com o pensamento, demonstrando que um dia as pessoas poderão superar suas deficiências através do uso de membros biônicos ou exoesqueletos mecânicos. 
 
 
Mas os implantes cerebrais são invasivos, usados apenas em pessoas que realmente precisam deles.


O engenheiro elétrico Todd Coleman da University of California em São Diego desenvolveu um dispositivo de tecnologia não invasiva, que qualquer pessoa seria capaz de usar. 
 
 
Em suas pesquisas, Coleman e sua equipe já conseguiram controlar aviões e até falar sem mover a boca.


Os dispositivos são flexíveis, sem fio, que podem ser aplicados na testa, como uma tatuagem, para ler as atividades cerebrais. 
 
 
São finos como um fio de cabelo, menos de 100 mícrons de espessura; a tecnologia é um circuito integrado, em uma camada de borracha ou poliéster, que permite lhes esticar ou dobrar. São pouco visíveis sobre a pele, sendo fácil escondê-los.


Esses dispositivos detectam sinais elétricos ligados com as ondas cerebrais, incorporam células solares para alimentação e antenas para comunicação sem fio ou para receber energia. 
 
 
Podem ser adicionados outros elementos, como sensores térmicos para monitorar a temperatura da pele e detectores de luz para analisar os níveis de oxigênio no sangue.


Na pesquisa com as tatuagens eletrônicas, Coleman e colegas descobriram que os sinais mentais reflexivos também podem ser detectados, aqueles que reconhecem imagens de familiares, por exemplo. 
 
 
Outro aplicativo está sendo testado, para monitorar bebês prematuros, detectando convulsões que podem levar a problemas de desenvolvimento ou neurológicos como a epilepsia.


Esses dispositivos em forma de tatuagem já estão sendo comercializados para uso em consumidor doméstico, como dispositivos médicos e produtos industriais e de defesa pela MC10 em Cambridge, Massachusetts.


Estudos anteriores, fazendo uso de tampões cravejados de eletrodos, permitiram que voluntários pilotassem remotamente aviões não tripulados, lançados sobre campos de milho. Embora as atuais tatuagens eletrônicas não permitam que se pilote aviões, "estamos trabalhando ativamente nisso", diz Coleman.


Estes dispositivos podem provocar um fenômeno, chamado subvocalização, quando colocado na garganta. 
 
 
Quando a pessoa pensa em falar, ele faz com que os músculos da garganta se movam, portanto, se comportam como microfones subvocais, através do qual as pessoas possam se comunicar de forma silenciosa e sem fio. 
 
 
"Nós demonstramos que nossos sensores podem captar os sinais elétricos dos movimentos musculares do pescoço, de modo que as pessoas podem se comunicar apenas com o pensamento", explica Coleman. “Também podem captar sinais que ajudam smartphones com reconhecimento de voz”, acrescentou.


Coleman diz que os implantes cerebrais invasivos permanecem melhor na leitura da atividade cerebral. 
 
 
Mas o neurocientista Miguel Nicolelis da Duke University Medical Center, que não faz parte da equipe de pesquisa, diz que há uma necessidade de tecnologias não invasivas para o cérebro, como esta. "As pessoas vão querer navegar em ambientes apenas pelo pensamento, ou jogar apenas pensando", diz.


Coleman detalhou as pesquisas mais recentes do seu grupo na reunião anual da Associação Americana para o Avanço da Ciência, em Boston.
 
 
 
 

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