sexta-feira, 22 de março de 2013

Como o ancestral da baleia deixou de ser um animal terrestre?



A baleia é considerada o maior mamífero que existe no planeta, e herda tal posição de destaque de seus ancestrais, também gigantes.


Acredita-se que o Andrewsarchus mongoliensis, tenha sido o maior mamífero e predador que viveu durante o período Eoceno, entre 40 e 45 milhões de anos atrás.


Até hoje, apenas o seu crânio foi encontrado, e é a partir dele, que os pesquisadores acreditam que este mamífero primitivo seja um parente próximo dos hipopótamos e das baleias modernas. Estima-se também, que ele tivesse membros com cascos, um corpo longo e cauda. 
 
 
Além disso, o seu enorme focinho tinha dentes afiados e vários molares que serviam, provavelmente, para esmagar os ossos de suas presas. Há, entretanto, a hipótese que o animal tivesse sido herbívoro, o que mostra que pouca coisa, ainda, se sabe sobre ele.


O fóssil recebe visitas diárias em uma exposição sobre baleias no Museu Americano de História Natural, em Washington, EUA.


O Andrewsarchus era um animal de estilo de vida essencialmente terrestre, mas os seus parentes começaram a ir para a água, deixando aos poucos a vida em terra firme.


A “primeira baleia” era uma criatura descendente dos Andrewsarchus, que tinha um estilo de vida duplo, pois vivia na terra, mas comia peixes do mar nas proximidades, e é o animal que representa a fase inicial da transição para a água. 
 
 
De acordo com os dados fornecidos pela exposição, esta baleia viveu há cerca de 50 milhões de anos, e foi a partir desta criatura, que os seus descendentes passaram a adaptar seu corpo para viver na água, como adquirir pés palmados e o corpo sem pelos.


Os Basilosauros foram animais que viveram há 40 milhões de anos, mediam aproximadamente 18 metros e eram alongados de tal forma que os cientistas supõem que esses animais nadavam propulsionando seus corpos com movimentos ondulantes, e possuíam vestígios de patas traseiras, que seus ancestrais utilizavam quando eram terrestres. 
 
 
Tinham também narinas situadas em direção ao topo da cabeça, que servia como um ouvido para que pudessem ouvir bem debaixo d’agua. Na exposição, é mostrado um Dorudon atrox, que exibe uma pequena pélvis e pernas separadas de sua coluna vertebral, membros estes, já considerados inúteis para eles.


Hoje em dia, as baleias modernas ainda possuem vestígios de seus antepassados quadrúpedes e terrestres, como a sua própria estrutura óssea interna, e suas nadadeiras, que são membros de locomoção atrofiados. 
 
 
O deslocamento das baleias se dá principalmente pela cauda. As narinas do mamífero são localizadas no alto de suas cabeças, e através dela que é expelido o ar quente e úmido que é armazenado em seus pulmões durante um longo período que estão submersas.
 
 
 
A foto mostra um Andrewsarchus mongoliensis, ancestral das baleias. Foto: Reprodução / Museon.nl



Existem duas variedades de baleia. Os odontocentos, por exemplo, são as baleias que possuem dentes que aparecem no final do período de lactação do mamífero e os misticetos que são as grandes baleias que não possuem dentes.
 
 
 
É o caso da baleia azul, que possui fileiras compridas de cerdas, chamadas barbatanas, que pendem do céu da boca e tem a finalidade de reter os alimentos.


Cerca de 30 milhões de anos atrás, essas linhagens se dividiram e evoluíram até se tornarem as 80 espécies que existem hoje. A baleia, em média, pode viver 30 anos, mas já houve registros de baleias que viveram 50 anos.



A exposição intitulada formalmente como “Baleias: As gigantes do fundo do mar” (do inglês Whales: Giants of the Deep”), no Museu Nacional Americano também explora a biologia das baleias, e mostra uma réplica em tamanho natural de um coração da baleia azul. 
 
 
 
A exposição aborda a indústria baleeira, os perigos modernos, como colisões de navios, acidentes, bem como a relação dos povos que vivem na costa com os baleeiros. 
 


A exposição ficará aberta a visitações até o dia 5 de janeiro de 2014.




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