sábado, 30 de março de 2013

Milhares de camarões aparecem mortos em praia pela terceira vez

 O fenômeno cobriu de vermelho pelo menos três quilômetros da costa (AFP, Str)


Milhares de pequenos camarões apareceram mortos em uma praia do sul do Chile, um fenômeno incomum, que cobriu de vermelho pelo menos três quilômetros da costa, surpreendeu os moradores e desencadeou uma investigação oficial, de acordo com pescadores e fontes da Polícia Civil.


A gigantesca mancha vermelha começou a ser vista nas margens no início da semana pelos pescadores de Caleta Lo Rojas, na localidade de Coronel, 500 km ao sul de Santiago.


Na terça-feira, "eram milhões os camarões encalhados na praia", relatou na quinta-feira à AFP o presidente do sindicato de pescadores de Caleta Lo Rojas, Juan Gutiérrez.


"Sou pescador há 39 anos e nunca tinha visto algo assim antes", disse Gutiérrez por telefone.


O denso tapete vermelho, com milhares de camarões, cobriu pelo menos três quilômetros da praia e os animais já foram retirados por pescadores e moradores locais.


A polícia civil, no entanto, foi ao local para recolher amostras e investigar as causas do fenômeno.


"Coletamos amostras para determinar se existe algum tipo de traço ou elemento que nos oriente na investigação e também vamos à baía de Coronel para estabelecer os parâmetros físicos, de temperatura, condutividade elétrica e, sobretudo, de oxigênio", disse à imprensa local Víctor Casanova, da brigada de crimes ambientais da Polícia de Investigações do Chile.


Não se descarta que este fenômeno possa voltar a ocorrer. "Ainda há grandes manchas de camarões nas proximidades da margem", disse Gutiérrez.


A origem do fenômeno ainda é desconhecida. Alguns pescadores o atribuem a uma mudança das correntes marinhas, enquanto outros culpam a termoelétrica Bocamina.


"São as correntes que os arrastaram" como consequência do fenômeno El Niño, que aumenta a temperatura do mar, explicou o pescador Gutiérrez.


Os pequenos camarões servem de alimento para a merluza que é pescada na região. Normalmente, estes animais permanecem a cerca de 15 milhas da costa.




Fonte: AFP

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