Paleontólogos russos reconstruíram pela primeira vez, através de fósseis, o modo de vida dos pterossauros – répteis voadores. O professor Alexander Averianov conseguiu restaurar a coluna cervical de uma das espécies de pterossauros e restabelecer os “hábitos” desses animais.
Encontrar ossos de pterossauros é uma verdadeira sorte para um cientista. Os ossos destes dinossauros, os primeiros vertebrados a dominarem o voo ativo, são extremamente raros.
Encontrar ossos de pterossauros é uma verdadeira sorte para um cientista. Os ossos destes dinossauros, os primeiros vertebrados a dominarem o voo ativo, são extremamente raros.
O chefe do laboratório do Instituto de Zoologia da Academia de Ciências da Rússia, Alexander Averianov, participou numa recente expedição ao deserto de Kyzyl Kum, no Uzbequistão, e encontrou nesta zona árida muitos vestígios deste animal pré-histórico.
Eles pertenciam a uma família de pterossauros mais recentes (Azhdarchidae) – que viveram 65-90 milhões de anos atrás.
A característica única dos Azhdarchidae é seu pescoço longo. A reconstrução da coluna cervical ajudou a descobrir como eles viviam e obtinham alimentos.
Provavelmente, os Azhdarchidae voavam lentamente sobre a superfície de rios, lagos e mares, e procuravam peixes em águas pouco profundas.
A mobilidade do pescoço dos Azhdarchidae era limitada, mas eles podiam dobrá-lo na parte posterior e manter a cabeça tanto na vertical como quase na horizontal.
A mandíbula destes pterossauros tinha uma articulação flexível e uma bolsa de garganta, como um pelicano. A articulação abria a mandíbula e o saco.
Quando os pelicanos abrem o bico, ele forma um “passaguá” para captura de peixe. Os Azhdarchidae também tinham um dispositivo semelhante. Eles pescavam peixe no “passaguá”, levantavam bruscamente a cabeça para trás e engoliam o pescado.
Averianov e seu grupo científico reconstruíram o modo de vida dos pterossauros com ajuda de tecnologia informática.
Os cientistas digitalizaram fragmentos de ossos por varrimento laser 3D e criaram modelos tridimensionais das vértebras com um programa de computador. A partir daí, foi fácil compor a coluna cervical e todo o réptil voador.
Fonte: Voz da Rússia
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