Uma mulher foi encontrada viva nesta sexta-feira, nos escombros do
prédio de oito andares que desabou em Bangladesh, 17 dias depois da
tragédia.
As equipes de resgatem já não tinham esperanças de encontrar
qualquer sobrevivente, depois de tanto tempo.
A mulher, identificada
pela imprensa local como Reshma, disse que comeu alimentos secos e
ingeriu água que estava a sua volta. Mais de 1.000 pessoas morreram na
tragédia.
Reshma foi encontrada no segundo andar do prédio e
levada ao hospital. Os bombeiros estavam focados em recuperar os corpos,
e não mais sobreviventes. Segundo os médicos, ela apresenta bom estado
de saúde para quem ficou 17 dias soterrada.
A sobrevivente contou
que conseguiu se alimentar durante 15 dias, mas estava há dois dias sem
comer nada. Havia garrafas de água em torno de Reshma, e ela consumia
uma quantidade limitada, para economizar.
- Eu ouvi as vozes dos
bombeiros nos últimos dias, muitas vezes. Eu ficava batendo nos
destroços com pedaços de pau e barras, só para atrair a atenção deles -
contou ela, da cama do hospital, em entrevista à televisão local Somoy. -
Ninguém me ouviu. Foi horrível para mim. Nunca sonhei que veria a luz
do dia de novo.
Quando Reshma finalmente conseguiu atrair a atenção, os bombeiros
ordenaram que as escavadeiras e guindastes fossem desligadas
imediatamente.
Então começaram a usar aparelhos manuais para tirar os
destroços de cima da moça. Quando Reshma finalmente foi encontrada, os
bombeiros começaram a dar soro e oxigênio a ela, até que conseguissem
liberá-la, 40 minutos depois.
Quando Reshma finalmente saiu
debaixo dos escombros, a multidão que acompanhava o resgate explodiu em
gritos e aplausos, segundo a agência de notícias Associated Press. A
moça renovou as esperanças da multidão que espera encontrar parentes
desaparecidos nos escombros do edifício.
Abdur Razzak, membro do
departamento de engenharia do exército, trabalhou no resgate de Reshma.
Ele disse que a moça estava tão bem, que poderia até caminhar.
- Ela estava bem, sem ferimentos. Mas estava presa.
A mulher contou que não viu sinais de sobreviventes em torno dela.
Mas os bombeiros dispensaram ass máquinas na área, de qualquer maneira,
na esperança de encontrar alguma vítima viva.
- Reshma disse que
havia mais três pessoas com ela. Eles morreram. Ela não viu mais ninguém
vivo lá - revelou o major-general Chowdhury Hasan Suhrawardy, chefe da
unidade militar local.
A irmã e a mãe de Reshma já estão no hospital com ela.
O
prédio de oito andares desabou no dia 24 de abril. Fábricas de roupas
funcionavam no local e empregavam milhares de funcionários.
As
autoridades de Bangladesh afirmam que o número de mortos já passou de
1.000. Mais de 2.500 pessoas foram resgatadas, logo após o desastre.
Ainda de acordo com a AP, 1.038 corpos já foram retirados dos escombros.
Fonte: Extra Online
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