quinta-feira, 6 de junho de 2013

Sapo recém-descoberto em Israel é 'fóssil vivo'




 
 
Raro anfíbio, não visto em 60 anos, pertence a grupo extinto a 15 mil anos.
 
 
Uma rara espécie de sapo recentemente redescoberta após ser declarada extinta acaba de ser reclassificada como um "fóssil vivo". 


O sapo pintado de Hula, encontrado em Israel, ficou desaparecido durante quase 60 anos, mas um exemplar da espécie foi encontrado em 2011 em uma região pantanosa.



Exames indicaram que o sapo pertence a um grupo de anfíbios que se extinguiu há 15 mil anos. "Foi uma grande descoberta - (o sapo) é como um ídolo em Israel", diz à BBC o professor Sarig Gafny, do israelense Ruppin Academic Center. 


"Daí descobrimos que o animal era um fóssil vivo. Foi incrível." Chama-se de "fóssil vivo" um exemplar vivo de uma espécie que se acreditava estar extinta, e que geralmente - mas não necessariamente - era conhecida apenas através de fósseis. A pesquisa sobre o sapo foi publicada no periódico Nature Communications.



Mesmo antes de ter sido declarado extinto, em 1996, o sapo pintado de Hula era uma criatura esquiva. Apesar de suas características bem peculiares - uma barriga com pintas pretas e brancas -, apenas três exemplares adultos da espécie haviam sido vistos.




Testes genéticos


Quando o vale Hula, em Israel, foi drenado, nos anos 1950, a casa pantanosa dos sapos foi destruída. Cientistas pensaram que a espécie estava acabada. 


Mas, dois anos atrás, um sapo pintado foi encontrado por um guarda florestal. Desde então, outros 13 exemplares foram descobertos. Com isso, os cientistas puderam estudar a espécie detalhadamente.



O sapo havia sido classificado como um membro do grupo anfíbio Discoglossus, mas testes genéticos e tomografias indicaram que, na verdade, ele pertence ao grupo Latonia - comuns na Europa durante milhões de anos, mas em geral morreram há 15 mil anos.



"Ninguém teve a chance de ver um (sapo) Latonia porque ele foi extinto na Europa. A única forma de vê-los era por meio de fósseis", explicou Gafny. 


"Mas todas as características observadas no sapo pintado de Hula (combinam com) as do fóssil da Latonia, e não do Discoglossus. Portanto, trata-se de um fóssil vivo."



Os pesquisadores dizem que o sapo foi "surpreendentemente resiliente", mas acrescentam que é muito importante agora assegurar sua sobrevivência.




Eles afirmam que esforços para levar a água de volta ao vale Hula ajudariam a assegurar um habitat adequado para a espécie.
 
 
 
 
Fonte: Terra

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