Os dinossauros herbívoros que povoavam a Terra há 150 milhões de anos
evoluíram para não ter problemas com os dentes quebrados, já que
voltavam a nascer todos os meses, de acordo com estudo norte-americano
divulgado na quarta-feira (17) no periódico PLOS One.
Os cientistas analisaram os fósseis de dois dos maiores herbívoros que
já viveram no continente norte-americano - o diplodocus e o camarasaurus
- e descobriram que seus dentes se renovavam uma vez por mês.
Esses grandes dinossauros dispunham, inclusive, de "dentes de
segurança", assim como os humanos têm dentes de leite que são
substituídos pelos da idade adulta, revela a pesquisa.
"Um saurópode de quase 30 metros de comprimento podia ter um novo dente
em cada posição a cada um ou dois meses, às vezes muito mais rápido",
comentou Michael D'Emic, pesquisador da Universidade Stony Brook de Nova
York.
"Os saurópodes tinham uma aproximação que privilegiava a quantidade,
mais do que a qualidade, no que se refere aos dentes, frente à posição
dos grandes mamíferos dos nossos dias", acrescentou.
Os cientistas conseguiram chegar a essa conclusão ao estudar os
diferentes estratos de matéria dental abaixo do esmalte dos dentes que
já haviam nascido.
Os camarasaurus tinham, por exemplo, até três mudanças de dente de
leite em cada dente. A substituição acontecia a cada 62 dias em média,
segundo o estudo. Já os diplodocus tinham até cinco trocas de dentes
para cada um deles, no intervalo de até 35 dias.
Esses grandes herbívoros tiveram de se adaptar, porque engoliam grandes
quantidades de comida, que arrancavam das árvores ou das matas
espessas. Isso acabava rapidamente com sua dentadura.
Fonte: UOL
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