sexta-feira, 19 de julho de 2013

Escavações arqueológicas em Ilhabela revelam rituais de 900 anos atrás



A Ilha Vitória, em Ilhabela, tem revelado descobertas importantes para a arqueologia brasileira e seu período pré-cabralino. Recentemente, escavações realizadas pela arqueóloga Cintia Bendazzoli revelaram vestígios inéditos no local.


As escavações de alguns dos sítios mais antigos de Ilhabela são promovidas pelo Projeto de Gestão e Diagnóstico do Patrimônio Arqueológico de Ilhabela, por meio do Instituto Arqueológico de Ilhabela (IHGAI) da Secretaria da Cultura, e tiveram início neste ano, após um período de diagnósticos e cadastramento dos sítios arqueológicos do arquipélago.


A descoberta no Sambaqui Abrigo Sul se relaciona a um ritual funerário realizado há mais de 900 anos. No local foi encontrado um antigo monumento feito em conchas e ossos de pequenos animais localizados em um abrigo rochoso e que possuía caráter funerário. 
 
 
A arqueóloga defende que o monumento foi construído pela primeira população indígena que ocupou o arquipélago e consiste num dos remanescentes mais preservados.


“O que chamou a atenção foi a realização de um ritual sobre uma unidade óssea somente, e não sobre o sepultamento completo, que é o mais comum dentre esta população”, acrescentou Cintia. O achado revela vestígios de uma grande fogueira ritualística que foi acesa sobre material ósseo humano.


Durante as escavações a arqueóloga encontrou pequeno osso de um dos dedos da mão, em meio a outros ossos queimados sob a fogueira. 
 
 
Para ela, no entanto, o achado não caracteriza canibalismo. Cintia entende que era prática comum entre os povos sambaquieiros acender fogueiras nas áreas de rituais.
 
 
 
 

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