A Nasa anunciou anteontem que vai financiar a fase inicial de um estudo
sobre "hibernação humana" como estratégia para manter astronautas vivos
durante viagens espaciais longas no futuro.
A ideia, concebida inicialmente em filmes ficção cientifica, é minimizar
os requisitos de sobrevivência de uma tripulação a caminho de Marte,
que em condições normais consumiria muitos recursos.
"Acreditamos que, com uma tripulação de quatro a seis pessoas, a massa
de um habitat pode ser reduzida para 5 a 7 toneladas, comparada com 20
ou 50 toneladas", escreveu John Bradford, da empresa Spaceworks
Engineering, autor da proposta.
O financiamento para a pesquisa saiu do programa Niac (Conceitos
Avançados Inovadores da Nasa), que só banca projetos arriscados.
A proposta de Bradford, que fala em "torpor induzido" e "animação
suspensa", em vez de hibernação, receberá US$ 100 mil no primeiro ano,
no qual precisa apresentar uma prova de princípio. Caso tenha sucesso,
receberá mais US$ 1 milhão para um período de dois anos.
"O avanço recente da medicina impulsiona a habilidade de induzir estados
de sono profundo (por exemplo, o torpor) com taxa de metabolismo
significativamente reduzida, em humanos, por grandes períodos de tempo",
escreve Bradford.
O pesquisador também menciona a "animação suspensa para voos humanos
interestelares" como uma "solução promissora de longo prazo para viagens
espaciais de longa duração".
Outras pesquisas selecionadas para a primeira fase do NIAC são uma
"impressora 3-D de estruturas biológicas" e uma "plataforma de voo
permanente", que funcionaria como uma espécie de satélite capaz de se
manter em baixa altitude.
Fonte: Folha de São Paulo
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