Verificação de gases seria feita através de alterações na passagem da luz em padrões previsíveis, dizem cientistas.
Na nova 'onda' do momento, cientistas acreditam que
subprodutos de gases - como o metano - serão as primeiras pistas para a
existência de vida fora da Terra.
A fotossíntese das plantas emite
oxigênio, micróbios produzem óxido nitroso, algas liberam clorometano:
todas essas substâncias, quando detectadas em quantidade suficiente na
atmosfera, dão aos astrônomos a primeira verdadeira prova de vida
alienígena. A informação foi divulgada pelo jornal "Daily Telegraph", da Austrália.
Uma equipe de cientistas disse que o plano pode identificar vida além
do nosso sistema solar. “Pela primeira vez, estamos atingindo um ponto
em que um sério debate pode ser aplicado para uma antiga questão:
estamos sozinhos?”, disse Lee Grenfell, do IPRB (Institute of Planetary
Research in Berlin).
As substâncias em uma atmosfera alteram a passagem da luz em padrões
previsíveis. Essas “pegadas” podem ser extraídas de um espectro de luz
refletida pelo planeta em direção à Terra.
A tarefa vai necessitar uma nova geração de telescópios, capazes de
observar através da vastidão do espaço com detalhes suficientes para
extrair distintas “marcas biológicas” da atmosfera do planeta. Grenfell
diz que esses telescópios já estão sendo desenvolvidos.
O EELT (sigla em
inglês de “Telescópio Europeu Extremamente Grande”) deve ser o primeiro
a conseguir capturar as pistas desejadas pelos cientistas.
“Nós desenvolvemos computadores que simulam a abundância de
diferentes marcas biológicas e a maneira como elas afetam o brilho da
luz pela atmosfera do planeta”, diz Grenfell.
“Em nossas simulações, nós
formulamos um exoplaneta similar à Terra, o qual colocamos em
diferentes órbitas entre as estrelas, calculando como sinais das marcas
biológicas respondem a diferentes condições. Nos focamos em
estrelas-anãs vermelhas, que são menores e mais fracas que nosso Sol, já
que esperávamos qualquer marca biológica dos planetas orbitando tais
estrelas sejam mais fáceis de detectar”, observa Grenfell.
Tal técnica, porém, tem suas limitações. Ela aponta a vida no espaço
como igual a da Terra, algo do qual ninguém está certo.
E essas marcas
biológicas podem ser produzidas por processos não-vivos, tornado a
verificação um processo difícil. É vida, mas não necessariamente da
maneira como conhecemos.
Fonte: Band
Nenhum comentário:
Postar um comentário