segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Gases podem provar existência de ETs



Verificação de gases seria feita através de alterações na passagem da luz em padrões previsíveis, dizem cientistas.


Na nova 'onda' do momento, cientistas acreditam que subprodutos de gases - como o metano - serão as primeiras pistas para a existência de vida fora da Terra.


A fotossíntese das plantas emite oxigênio, micróbios produzem óxido nitroso, algas liberam clorometano: todas essas substâncias, quando detectadas em quantidade suficiente na atmosfera, dão aos astrônomos a primeira verdadeira prova de vida alienígena. A informação foi divulgada pelo jornal "Daily Telegraph", da Austrália.


Uma equipe de cientistas disse que o plano pode identificar vida além do nosso sistema solar. “Pela primeira vez, estamos atingindo um ponto em que um sério debate pode ser aplicado para uma antiga questão: estamos sozinhos?”, disse Lee Grenfell, do IPRB (Institute of Planetary Research in Berlin).


As substâncias em uma atmosfera alteram a passagem da luz em padrões previsíveis. Essas “pegadas” podem ser extraídas de um espectro de luz refletida pelo planeta em direção à Terra.


A tarefa vai necessitar uma nova geração de telescópios, capazes de observar através da vastidão do espaço com detalhes suficientes para extrair distintas “marcas biológicas” da atmosfera do planeta. Grenfell diz que esses telescópios já estão sendo desenvolvidos.


O EELT (sigla em inglês de “Telescópio Europeu Extremamente Grande”) deve ser o primeiro a conseguir capturar as pistas desejadas pelos cientistas.


“Nós desenvolvemos computadores que simulam a abundância de diferentes marcas biológicas e a maneira como elas afetam o brilho da luz pela atmosfera do planeta”, diz Grenfell.


“Em nossas simulações, nós formulamos um exoplaneta similar à Terra, o qual colocamos em diferentes órbitas entre as estrelas, calculando como sinais das marcas biológicas respondem a diferentes condições. Nos focamos em estrelas-anãs vermelhas, que são menores e mais fracas que nosso Sol, já que esperávamos qualquer marca biológica dos planetas orbitando tais estrelas sejam mais fáceis de detectar”, observa Grenfell.


Tal técnica, porém, tem suas limitações. Ela aponta a vida no espaço como igual a da Terra, algo do qual ninguém está certo.


E essas marcas biológicas podem ser produzidas por processos não-vivos, tornado a verificação um processo difícil. É vida, mas não necessariamente da maneira como conhecemos.
 


Fonte: Band

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