Nas últimas décadas, foram registrados mais de 200 casos
de pessoas que (supostamente) entraram em combustão espontânea, um
fenômeno para o qual a ciência ainda não tem resposta satisfatória. Na
maioria dos casos, a vítima tem seu corpo quase completamente queimado,
mas o ambiente ao seu redor permanece intacto.
Em 1995, o veterano do Vietnã Frank Baker disse que seu corpo começou
a pegar fogo sem motivo aparente – ao contrário da maioria das vítimas,
Baker sobreviveu para relatar o caso.
Já o bombeiro aposentado George Mott não teve a mesma sorte: em 1986,
seus restos mortais foram encontrados na frente de seu apartamento, em
Nova York (EUA). Do corpo, restou apenas o crânio, uma perna e partes da
caixa torácica.
Mais recentemente, em 2010, o corpo de Michael Faherty, de 76 anos, foi encontrado queimado em sua casa,
que ficou intacta. Os investigadores não descobriram a causa do fogo, e
o caso entrou para a lista de “possíveis combustões espontâneas”.
O segredo da combustão
É claro que a maioria dos cientistas não acredita que uma pessoa possa queimar espontaneamente, e aposta em explicações que soam mais razoáveis (muitos
casos, vale dizer, são de pessoas idosas ou doentes que se encontravam
perto de uma chama pequena, como um cigarro ou uma vela acesos).
Como o corpo humano é em boa parte composto por água, não é fácil de
queimar. Por outro lado, é possível que a gordura compense isso,
servindo como combustível para uma chama.
Em 1998, um pesquisador testou
essa explicação com o corpo de um porco, amarrando-o num cobertor e
tacando fogo nele. O corpo queimou por horas e a chama não se espalhou
para os arredores.
Outra explicação foi dada pelo biólogo e escritor Brian Ford: há uma
condição médica conhecida como cetose, em que o corpo produz pequenas
quantidades de acetona, uma substância inflamável; mesmo uma pequena
faísca, possivelmente produzida por eletricidade estática, poderia fazer
a acetona queimar – e a gordura cuidaria do resto.
Há quem diga também que o fogo pode ter início graças ao gás metano presente nos intestinos da pessoa.
Fonte: Hypescience
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