Namorado “profeta” afirma que ela concordou.
Pela segunda vez um caso de exorcismo (ou libertação) recebe destaque da imprensa na França e gera indignação na sociedade. O primeiro foi dentro de uma igreja em Limoux, quando a polícia foi chamada para interromper um culto.
Uma jovem identificada apenas como Antoniette, 19 anos,
foi encontrada em um cativeiro. Ela conta que três homens e uma mulher
que seriam membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia em Grigny, nos
subúrbios de Paris, queriam libertá-la de demônios.
Antoniette ficou crucificada durante sete dias em uma cama. Após
denúncias de vizinhos, a polícia a encontrou quase morta em um
apartamento em um conjunto habitacional.
Ela conta que esteve amarrada
em um colchão por uma semana na posição em que Cristo morreu. A polícia
divulgou que a jovem estava desidratada, em estado de choque e
apresentava sinais de espancamento.
Sem poder se mexer, ela conta que também ficou sem comer, recebendo
apenas um pouco de água e de óleo de cozinha para mantê-la viva. O
principal acusado é Eric Deron, ex-namorado da adolescente. Eric afirma
estar cumprindo uma missão divina dada a ele.
O réu teve a ajuda da mãe,
Lise-Michelle Babin, e dos amigos Philippe Grego e Lionel Fremor. Todos
os envolvidos são imigrantes do Caribe francês.
O rapaz disse à polícia que a namorada concordou com o ritual, pois
também achava que estava sob a influência de espíritos malignos.
O
porta-voz da igreja Adventistas do Sétimo Dia de Paris explicou à
imprensa que todos os envolvidos haviam sido expulsos da congregação que
frequentavam em 2010. Ele destacou que um exorcismo desse tipo nunca
foi ensinado pela igreja, e que não concorda com a atitude deles.
O caso está sendo julgado. Os quatro envolvidos são acusados de sequestro e
tortura, mas negaram terem praticado atos de violência.
Fonte: GP
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