quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Descoberta espécie de caramujo que usa insulina para atordoar sua presa




Uma equipe da universidade de Utah, nos Estados Unidos, descobriu que duas espécies de caramujo usam insulina para paralisar o metabolismo de suas presas.


De acordo com o estudo, as duas espécies de caramujo que desenvolveram essa habilidade são a Conus geographus e a Conus tulipa.


Esses caramujos usam o tipo específico de insulina de sua presa para induzí-la a um choque hiperglicêmico.


Dessa forma, ao invés de perseguirem sua caça, essa espécie apenas expele insulina ao redor do animal. Isso causa uma supressão de glicose nos órgãos vitais do peixe, por exemplo, tornando-o letárgico e de fácil captura.


"Sabiamos que esses animais fabricam centenas de neurotoxinas que causam degradação de tecidos e afetam a função cardiovascular da caça", afirma Helena Safavi, coautora do estudo.


"Mas agora podemos colocar outro mecanismo nessa lista: causar a disfunção do metabolismo da presa", diz Safavi.


Os cientistas da universidade de Utah estavam usando o sequenciamento de DNA e de proteínas para examinar os componentes do veneno dessa espécie de caramujo, esperando que ele pudesse ter algum potencial farmacêutico.


Mas, durante a pesquisa, foi descoberto que um dos compostos não era uma neurotoxina, mas insulina.


Ela não apenas foi encontrada em grande quantidade, mas era mais semelhante com a insulina produzida pelas presas do caramujo do que a normalmente presente no organismo da espécie.


A equipe sintetizou o hormônio e o testou em peixes, descobrindo que a insulina reduzia os níveis de glicose do sangue após ser absorvida por meio das guelras do peixe.


As espécies de caramujo estudadas costumam se alimentar de minhocas e moluscos, além de peixes.


A pesquisa descobriu que a Conus geographus e a Conus tulipa produzem a insulina específica de sua presa, de acordo com o que comem.


É a primeira vez que insulina é encontrada na composição de um veneno animal, de acordo com os pesquisadores. A indução de choque hiperglicêmico na presa ainda não havia sido verificada na natureza.




Fonte: Info

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