Fizemos uma lista de lugares que possuem lendas assustadoras na
Capital. Desde a Igreja que abriga fantasmas ao Museu que assusta até
seus funcionários.
IGREJA NOSSA SENHORA DAS DORES
Construída na época dos escravos, a
Igreja das Dores fica em frente a uma praça central que servia de palco
para execuções públicas até 1857. Diz a lenda que um escravo que
trabalhava na construção foi condenado à morte injustamente.
No dia de
sua execução, ele teria rogado uma praga dizendo que o seu senhor jamais
veria as torres da Igreja prontas. Como a obra levou mais de 100 anos
para ser concluída, a praga deu certo, e a lenda se propagou, Há quem
diga que o fantasma de Josino, o escravo, ronda o local até hoje.
A pedra fundamental da Igreja Nossa Senhora das Dores foi
colocada em 1807, quando se deu a construção de uma simples capela.
Somente em 1846 a igreja ganhou formato e a obra foi concluída em 1904.
O estilo é barroco português, com um
pouco de germânico. No interior há sete imagens que foram trazidas de
Portugal em 1871, que representam os passos da Paixão de Cristo.
A santa padroeira da igreja aparece em duas imagens, uma de 1820, com
rosto de porcelana, e outra da segunda metade do século XVII, com
espada e adorno da cabeça em prata.
Outros destaques são as esculturas de São
Francisco Xavier, vindas da Itália, e a do Sagrado Coração de Maria,
oriunda da Espanha. As três esculturas da fachada (foto), obras
do artista João Vicente Friederichs, representam a Esperança, a
Caridade e a Fé. É a igreja mais antiga da cidade e foi tombada pelo
Patrimônio Federal em 1938.
MUSEU JULIO DE CASTILHOS
O mais antigo museu do Rio Grande do Sul
certamente teria de estar nesta lista. Inaugurado em 1907, é a
instituição de memória mais antiga do Rio Grande do Sul e a quinta do
país. Com exposições permanentes, temporárias e uma coleção de mais de
oito mil objetos e documentos, o local tem grande importância na
preservação da história gaúcha.
Entre as salas que podem ser vistas no museu estão o Gabinete Julio de Castilhos, o Quarto Julio de Castilhos, Revolução Farroupilha, Escravatura, Sala Indígena e Sala Missioneira.
Não faltam curiosidades no casarão. Uma delas é o enorme par de botas do
homem mais alto já nascido no estado. Outro fato curioso é a fama de
casa mal-assombrada
No velho casarão, tanto Julio de Castilhos quanto sua esposa, Henorina,
morreram de forma trágica. Ele foi submetido a uma cirurgia no seu
próprio quarto para remoção de um câncer na traqueia e não sobreviveu.
Ela cometeu suicídio em um dos aposentos do casarão por causa da morte
do marido. Algumas testemunhas alegam ter avistado os vultos do casal,
isso inclui o caso de um vigilante noturno que pediu demissão do museu
por ter visto fantasmas.
ANTIGO HOSPÍCIO SÃO PEDRO
O Hospital Psiquiátrico São Pedro foi o
primeiro hospital psiquiátrico de Porto Alegre, inaugurado em 1884. Para
a época, era um avanço ter um local que atendesse pessoas com problemas
psíquicos, já que elas eram normalmente encerradas em presídios.
O
hospital chegou a ter 5 mil internos, mas foi desativado e colocado em
estado de abandono. Hoje ele está em funcionamento parcial, e algumas
alas ainda estão isoladas. Muitas histórias obscuras atraem caçadores de
fantasmas para o local.
ILHA DO PRESÍDIO (ILHA DAS PEDRAS BRANCAS)
Após importante papel na Revolução
Farroupilha (1835-1845), e ter sido usada como depósito de armas, a Ilha
das Pedras Brancas tornou-se um presídio de 1956 a 1973. Neste período
abrigou presos políticos do regime militar.
Depois, voltou a funcionar
em 1980 e fechou definitivamente em 1983. Várias fugas audaciosas foram
noticiadas ao longo do tempo. A mais incrível foi a de um prisioneiro
que teria navegado em direção a Porto Alegre a bordo de uma panela da
cozinha do presídio.
Para remar, o fugitivo teria usado uma colher de
pau. Além disso, há registro de muitas mortes não esclarecidas. As
ruínas do antigo cárcere ainda estão de pé, mas a estrutura foi muito
vandalizada, dando um ar ainda mais macabro de abandono e de
esquecimento.
Fonte: Cidade Baixa Hostel via Noite Sinistra
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