quinta-feira, 19 de novembro de 2015

DNA mostra que denisovanos conviveram com neandertais e humanos modernos



 
 
O estudo recém publicado de um dente sugere que os denisovanos viveram há mais tempo do que se acreditava.
 
 
Em março de 2010, cientistas anunciaram ter descoberto o fragmento do osso de um dedo de uma jovem fêmea que viveu há cerca de 41 mil anos em uma caverna nas montanhas Altai, na Sibéria, onde neandertais e humanos modernos já viveram. Os pesquisadores afirmaram que o fragmento em questão pertencia a uma espécie chamada de hominídeo de Denisova.


A análise do DNA de alguns dentes fossilizados encontrados no mesmo local reitera a possibilidade de a espécie ter existido. Os resultados mostram que as estruturas têm mais de 110 mil anos. Há a possibilidade de que os denisovanos tenham vivido 60 mil anos antes do que se pensava e que tenham coexistido com os neandertais e com os primeiros Homo sapiens. 


E não para por ai: o estudo sugere ainda que os denisovanos eram tão diversos geneticamente quanto europeus modernos, de forma que eles podem ter criado outra espécie misteriosa de humanos que os cientistas ainda não identificaram.
 
 
"O mundo deve ter sido muito mais complexo do que pensávamos", afirmou a pesquisadora Susanna Sawyer, do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária, na Alemanha, em entrevista ao National Geographic. "Quem sabe quais outros tipos de humanoides existiram e quais efeitos tiveram em nós?"


O DNA conseguido a partir dos dentes também provê uma ideia da aparência e do comportamento dos denisovanos. Um dos dentes, que ganhou o nome de Denisova 8, era tão grande que, em um primeiro momento, os cientistas pensaram que fosse de um urso.


Os pesquisadores mostram no estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences que enquanto os neandertais lutaram contra as baixas temperaturas da Sibéria, o movimento dos denisovanos sugere que eles suportaram o frio por muitas gerações, se espalhando pela Europa e pela Ásia antes de desaparecerem misteriosamente dos registros fósseis.
 
 
 
 
Fonte: Galileu

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