terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Fósseis de criatura que viveu há 500 milhões de anos podem revelar evolução dos vermes





 
Fósseis de uma criatura semelhante a um quinorrinco (kinorhyncha) - um filo representado por pequenos animais marinhos e pseudocelomados -, de 535 milhões de anos, foram descobertos na China.



A criatura tinha um corpo rígido, fileiras de espinhos e uma boca rodeada com dentes afiados. Embora sua aparência possa parecer assustadora, a criatura marinha possuía apenas alguns milímetros de comprimento e é um antepassado muito antigo de sua espécie. A descoberta poderia fornecer pistas importantes da evolução de criaturas com corpos segmentados, como vermes.



A área estudada já foi coberta por um oceano rico em fosfato, onde a criatura recém-descoberta, chamada de Eokinorhynchus raru, prosperou. “Estes minúsculos vermes, provavelmente, viveram nos espaços intersticiais dentro de sedimentos arenosos, onde provavelmente usavam os espinhos afiados para ancorar-se ao navegar entre os grãos de areia”, disse Shuhai Xiao, do Instituto Politécnico e Universidade Estadual da Virgínia, nos EUA.



O fosfato nos oceanos fez com que as criaturas semelhantes aos vermes fossem fossilizadas, segundo um relatório detalhado publicado no site Live Science. A criatura poderia ter tido 20 segmentos corporais blindados, cada um circundado por placas e cravejadas com espinhos. Pode ser um antepassado de invertebrados marinhos chamados kinorhynchs, de acordo com os resultados publicados na Scientific Reports.



Existem hoje, cerca de 240 espécies de kinorhynch, e seus corpos são divididos em três segmentos; cabeça, pescoço e tronco. A cabeça inclui uma boca cônica com dentes circulares, e o tronco é dividido em 11 segmentos. Estudos anteriores sugeriram que as espécies se distanciaram um pouco antes do Período Cambriano, mas até agora, não existem fósseis de kinorhynch encontrados.



A equipe encontrou uma série de semelhanças entre as novas espécies extintas e os kinorhynchs de hoje, sugerindo que elas podem estar relacionadas. Ambas as criaturas têm troncos que são divididos em segmentos, cada um composto por pequenas placas. Ambos também possuem espinhos ocos chamados de espinhos escleritos. A principal diferença é que E. rarus tem cinco pares de grandes espinhos dispostos em volta do tronco, uma coluna localizada no meio do seu corpo e dois pares de espinhos localizados perto do ânus.



Apesar de existir há cerca de um bilhão de anos, os registros fósseis de kinorhynchs têm enormes lacunas. A mais recente descoberta poderia ajudar a fornecer uma compreensão mais clara das espécies, bem como dar pistas vitais para entender como seus corpos evoluíram.


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