O Instituto Internacional para a Exploração de Espécies publica, como
todos os anos, seu Top 10 de espécies mais surpreendentes entre as
descobertas durante os últimos 12 meses. Os cientistas do centro,
vinculado à Universidade Estadual de Nova York (EUA), escolheram estas
dez entre as 18.000 espécies descritas no ano passado. Esta libélula do
Gabão é uma das 60 novas espécies descobertas no ano passado pelo mesmo
grupo de pesquisa na África. Seu nome em latim, ‘Umma gumma’, é uma
homenagem ao quarto álbum de estúdio da banda britânica Pink Floyd,
‘Ummagumma’, que também é um termo usado por estudantes da Universidade
de Cambridge para se referir ao sexo.
Este peixe feio de apenas cinco centímetros foi descoberto no Golfo do
México em uma expedição para verificar os danos provocados pela
catástrofe da plataforma de petróleo Deepwater Horizon. O peixe
‘Lasiognathus dinema’ pertence à ordem dos Lophiiformes, à qual também
pertence o tamboril. Destaca-se o apêndice sobre a cabeça, que funciona
como isca para engolir suas presas. Ele possui, literalmente, uma vara
de pescar.
Esta é a recriação artística de Laia, uma símia de quatro a cinco quilos
que subia nas árvores das densas florestas que cobriam o que hoje é a
Catalunha há 11,6 milhões de anos. Seus restos fósseis foram encontrados
em um lixão de Els Hostalets de Pierola (Barcelona) por pesquisadores
do Instituto Catalão de Paleontologia Miquel Crusafont. O nome
científico da nova espécie é ‘Pliobates catalonia’.
A Ilha de Santa Cruz, no arquipélago de Galápagos (Equador), tem duas
populações de tartarugas gigantes. Historicamente, pensava-se que
pertenciam à mesma espécie, mas uma nova análise da pesquisadora Gisella
Caccone, da Universidade de Yale (EUA), mostrou que os exemplares do
lado leste da ilha pertencem a uma nova. A espécie foi batizada de
‘Chelonoidis donfaustoi’ em homenagem a Don Fausto, um guarda florestal
que trabalhou na ilha durante 43 anos. Na foto, Don Fausto com uma das
tartarugas gigantes.
O Instituto Internacional para a Exploração de Espécies salienta que
esta planta carnívora do Brasil pode ser a primeira espécie vegetal
descoberta por fotos postadas na rede social Facebook. A espécie
‘Drosera magnifica’ é considerada ameaçada de extinção, pois se acredita
que habite apenas o cume de uma única montanha no sudeste do Brasil, a
1.550 metros de altitude. Mede até 123 centímetros, a mais alta do
gênero ‘Drosera’ na América, conhecido como “orvalhada”.
Setembro de 2015 chegou com uma surpresa: a descoberta, na África, de
uma grande cavidade com ossos de uma nova espécie humana. O ‘Homo
naledi’, desenterrado na caverna Rising Star, a cerca de 50 quilômetros
de Johanesburgo (África do Sul), poderia ser responsável por um dos
primeiros rituais funerários conhecidos, de acordo com seus
descobridores, liderados por Lee Berger, paleoantropólogo da
Universidade de Witwatersrand. Por sua morfologia, a equipe de
cientistas coloca o ‘Homo naledi’ na origem do gênero Homo, há cerca de
dois milhões de anos.
Esta criatura anfíbia é um arquiteto. Com apenas nove milímetros de
comprimento, constrói abrigos de lama na única caverna do Brasil em que
foi encontrado. A nova espécie, batizada de ‘Iuiuniscus iuiuensis’,
pertence aos isópodes, uma ordem de crustáceos que vive na água e em
terra.
Este dragão do mar de 24 centímetros e uma marcante cor vermelha é,
segundo afirma o Instituto Internacional para a Exploração de Espécies,
um lembrete do desconhecimento que o ser humano tem acerca de seu
próprio planeta. O peixe, batizado de ‘Phyllopteryx dewysea’, é parente
dos cavalos marinhos e foi descoberto na costa ocidental da Austrália.
“Se não tínhamos visto um dragão vermelho de quase um pé de comprimento
em águas pouco profundas, quanto mais ainda não conhecemos?”, perguntam
os cientistas. Na imagem, o esqueleto de um exemplar visto por meio de
uma técnica especial.
Este besouro peruano deve seu nome científico (‘Phytotelmatrichis
osopaddington’) ao urso Paddington, um personagem da literatura infantil
do Reino Unido. O urso de ficção vem do Peru, de acordo com a história,
e aparece em uma estação de trem de Londres com um cartaz que diz: “Por
favor, cuide deste urso”. Os cientistas batizaram assim o escaravelho
para tentar alertar sobre a situação do urso-de-óculos, uma espécie
ameaçada dos Andes.
Esta espécie desconhecida de árvore florida foi descoberta a poucos
metros da estrada principal do Parque Nacional das Montanhas de Cristal,
no Gabão. Os cientistas acreditam que tinha passado despercebida pelo
pequeno tamanho – apenas seis metros de comprimento e uma copa de 10
metros de diâmetro.
Fonte: El País
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