Arqueólogos desenterraram cabanas, cerâmicas e ferramentas de ferro, além de 15 túmulos.
O Egito desenterrou uma cidade e um cemitério de mais de 7 mil anos de
idade que remontam à sua Primeira Dinastia em Sohag, província do sul do
país, informou o Ministério das Antiguidades na quarta-feira (23).
A descoberta pode ser um alento para a debilitada indústria turística
egípcia, que vem sofrendo contratempos sem fim desde a revolta que
derrubou o autocrata Hosni Mubarak em 2011, mas que continua sendo uma
fonte vital de moeda estrangeira.
A cidade provavelmente abrigou autoridades de alto escalão e
construtores de túmulos, e seu descobrimento pode proporcionar novos
vislumbres de Abidos, uma das cidades mais velhas do Egito Antigo, disse
o Ministério em um comunicado.
Especialistas afirmam que Abidos foi a capital do Egito perto do final
do Período Pré-dinástico e durante o governo das quatro primeiras
dinastias.
A descoberta foi feita a 400 metros do templo de Seti 1º, um memorial
do período do Novo Reinado situado diante da cidade de Luxor dos dias
atuais, cruzando o rio Nilo.
Até agora os arqueólogos desenterraram cabanas, restos de cerâmica e
ferramentas de ferro, além de 15 túmulos enormes, alguns dos quais são
maiores do que os túmulos de reis em Abidos, comunicou o Ministério.
"Em alguns casos, o tamanho dos túmulos descobertos no cemitério é
maior do que dos túmulos reais em Abidos que datam da Primeira Dinastia,
o que prova a importância das pessoas enterradas ali e sua posição
social elevada durante esta era inicial da história do Egito Antigo",
disse a pasta.
A indústria turística do Egito vem lutando para se recuperar desde a
explosão de um avião russo com 224 pessoas que partiu de um resort do
Mar Vermelho em outubro de 2015.
Mais de 14,7 milhões de turistas visitaram o país em 2010, número que
caiu para 9,8 milhões no ano seguinte. No primeiro trimestre de 2016, só
1,2 milhão de visitantes estiveram no Egito, menos que os 2,2 milhões
do ano anterior.
Fonte: G1
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