domingo, 7 de setembro de 2008

Coronel pede acesso a supostos 'arquivos ufológicos' da Aeronáutica


Coronel defende acesso a documentos sigilosos da Aeronáutica (Foto: Daniel Haidar/G1)

Militar apóia liberação de supostos documentos da Aeronáutica sobre óvnis. Antônio Celente Videira diz acreditar em vida extraterrestre.

Em época de discussão sobre a abertura dos arquivos secretos da ditadura militar (1964-1985) e uma possível revisão da Lei de Anistia, o coronel da reserva da Aeronáutica Antônio Celente Videira, 61 anos, pede liberação de acesso a supostos documentos secretos sobre aparições de objetos voadores não-identificados (óvnis) no espaço aéreo brasileiro.


Celente, que é professor da Escola Superior de Guerra (ESG), deu a palestra "Discos voadores: uma análise estratégica" no sábado passado (6) no 12o. encontro "Diálogo com o Universo" que reúne aficionados por ufologia em Botucatu, a 238 km de São Paulo.


Ele diz ser contra uma mudança na Lei de Anistia e o acesso a documentos da ditadura. "Arquivos da ditadura são mais polêmicos. Quando foi feita a anistia, foi para os dois lados. Agora querem fazer para um lado. É mexer em feridas que estão cicatrizadas", disse o coronel ao G1.


Ufólogos pediram à Presidência da República a liberação de arquivos da Aeronáutica com supostas ocorrências de óvnis. O militar, que acredita em vida extraterrestre, considera a exigência oportuna.


"Os ufologistas aproveitaram esse negócio da abertura política para conseguir abertura dos arquivos ufológicos. Foi uma estratégia sábia", disse.


Na palestra, o militar disse que a Aeronáutica registra relatos de pilotos sobre óvnis desde 1954. Chegou a ser criado, em 1969, o Sistema de investigação de Objetos Aéreos Não-identificados (Sioani), segundo o coronel, mas o órgão foi extinto em 1972.


O coronel, que nunca foi piloto, disse que colegas já o relataram ter visto óvnis. Mas, o militar acha que a burocracia desestimula pilotos a comunicarem oficialmente "avistamentos", a visão de óvnis, que, para ele, são extremamente raras.


"Simplesmente se registra e coloca nos arquivos do Comdabra (Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro)", disse.


Ele cita a criação de órgãos militares de investigação de óvnis em outros países como justificativa para uma política semelhante no Brasil.


Mas, mesmo expressando apoio a uma abertura dos "arquivos ufológicos" brasileiros, Celente acha que não vão surgir "coisas inéditas" com a liberação dos registros sigilosos.


No encontro de ufólogos, conferencistas e curiosos não cansaram de repetir que os extraterrestres estão chegando. Alguns disseram que alienígenas já passaram por aqui.


E o coronel, acha que o contato com alienígenas está próximo? "Acho que vamos ter algumas surpresas em conseqüência do avanço da tecnologia", responde com cautela.


Fonte: G1


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