Os microorganismos alienígenas que podem habitar Marte não param de rondar a cabeça dos cientistas da Agência Espacial Americana (Nasa).
Na última semana, especialistas da Nasa reacenderam esta suspeita levando em conta a descoberta de que várias regiões de Marte são ricas em metano - gás que, na Terra, em 90% das vezes é fabricado por organismos.
Os indícios podem mexer com o planejamento da próxima missão ao planeta: um verdadeiro laboratório, que chegará ao destino em 2012.
Dentre os pesquisadores está o engenheiro brasileiro Ramon de Paula, um dos "caçadores de aliens" do Planeta Vermelho.
Em 2011, ele participará do envio da ambiciosa missão ao território marciano, chamada de Mars Science Laboratory (MSL). A sonda MSL tem o tamanho de um carro de golfe e custará US$ 2 bilhões.
"O MSL poderá dar mais pistas sobre a origem do metano. Inicialmente ele não iria para a região onde o gás foi encontrado, mas quem sabe faz sentido enviá-lo para lá?", questiona o brasileiro, que vai colaborar com a próxima missão.
Segundo os cientistas, o metano percebido em Marte foi detectado por telescópios no Havaí, que decifram a composição química de substâncias através da luz que elas emitem.
Aqui, o gás pode ser emitido na digestão de nutrientes, ou simplesmente em outros processos, como a oxidação de ferro. A Nasa não descarta, por exemplo, que microorganismos no solo marciano estejam emitindo o metano.
"Neste momento, não temos informação suficiente para dizer que biologia ou geologia - ou as duas - está produzindo metano em Marte.
Mas a existência do gás nos diz que o planeta está vivo, pelo menos num sentido geológico", disse Michael Mumma, do Centro Aerospacial Goddard, da Nasa.
Com tecnologia muito mais avançada, a Nasa quer agora, com o MSL, determinar de vez se há ou houve vida no planeta e verificar se há chances de exploração humana.
Fonte: O Dia Online
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