quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Peru: Assassinavam pessoas e vendiam gordura humana para a indústria cosmética



A polícia peruana desarticulou uma quadrilha que assassinou 60 pessoas para extrair a gordura dos corpos e vendê-la para um laboratório europeu que produz produtos cosméticos.
Prenderam 4 pessoas e estão procurando por mais 7 envolvidos, incluindo dois italianos.

Foram presos no Peru, quatro suspeitos de assassinar 60 pessoas para extrair a gordura, que supostamente vendiam a dois italianos para uso cosmético na Europa, em um caso que reavivou a lenda andina dos "Pishtacos" assassinos que comerciavam gordura humana .

A descoberta no início deste mês de um recipiente com gordura humana em uma empresa de transportes, que enviaria a encomenda da cidade andina de Huánuco para Lima, alertou a polícia, que deteve duas pessoas a que se destinava o produto.

Outras duas pessoas foram presas no local. Pelo menos sete outros envolvidos estão sendo procurados, incluindo dois italianos.

"Essas pessoas aparentemente compravam a gordura dos detidos e depois a comercializavam em laboratórios europeus", disse o promotor, sem entrar em detalhes.

O general Félix Burgos, diretor da Divisão de Investigação Criminal da polícia peruana, disse a jornalistas que há dois meses, tornou-se consciente "da existência de um grupo internacional de tráfico de gordura humana".

"Esta gordura era oferecida por 15.000 dólares o galão (cerca de 4,5 litros) a vários países europeus", acrescentou, ao ressaltar que aprofundaram a investigação, porque é "um caso que demonstra o total desprezo pela vida humana."

A quadrilha, conhecida como os "Pishtacos" foi acusada de homicídio com fins lucrativos e de conspiração para cometer um crime pelo juiz Juan Buendía Valenzuela, após receber o inquérito do Procurador Sans Quiroz.

Os detidos seriam responsáveis pelo desaparecimento de cerca de 60 pessoas nos departamentos centro andinos de Pasco e Huánuco, para extrair gordura humana e comercializa-la.

A acusação do Ministério Público indica que a quadrilha alegadamente abordava camponeses e indígenas nas estradas remotas e solitárias dos Andes, oferecendo empregos para depois matá-los.

Este método lembrou o mito andino dos "pishtacos" uma palavra que vem do vocábulo quíchua "pishtay", que na língua dos peruanos antigos, significa "cortar em tiras". Segundo a lenda, estes personagens que aterrorizavam o altiplano andino matavam pessoas para vender a sua gordura.

A imaginação popular identifica o "pishtaco" como um bandoleiro que atacava em lugares remotos os viajantes incautos, e os matava com uma faca curva, degolando-os.

Essa gordura, segundo a lenda, era usada para preparar sabonetes finos, lubrificantes para máquinas de alta tecnologia, unguentos curativos e cremes de beleza.


Tradução: Carlos de Castro


Fonte: Terra Argentina



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