A livraria Pin-to organiza amanhã uma palestra sobre ovnilogia. O evento traz ao território uma especialista de Hong Kong, Moon Fong, que diz que o interesse local pelo fenômeno está a crescer.
Não há notícia de objetos voadores não identificados sobre os céus do território e a forte luminosidade da cidade decerto impediria qualquer eventual avistamento dessas naves misteriosas, popularizadas pelo cinema.
Mas tal não impede que umas boas dezenas de curiosos locais se juntem amanhã numa livraria para uma palestra sobre ovnilogia.
A sessão está marcada para entre as 15h e as 18h na Pin-to, nas imediações do Largo do Senado, e tem como oradora Moon Fong, a fundadora e presidente do Hong Kong UFO Club.
A organização foi criada em Dezembro de 1996, pouco antes da transferência de soberania de Hong Kong, e desde então tem-se dedicado à divulgação de notícias e informações relacionadas com alegados contatos alienígenas.
Durante algum tempo organizou palestras nos museus da Ciência e do Espaço da região vizinha, e até cursos mais prolongados na City University. Atualmente, o clube tem a atividade mais limitada. Mas Moon Fong, estudiosa de ovnilogia, mantém um programa semanal na RTHK.
Licenciada em Psicologia, Fong diz ter corrido 20 países do mundo em busca de sinais e testemunhos de contatos com vida extraterrestre depois de ter conhecido um especialista na matéria durante uma estadia no Havai.
“Ele escrevia livros sobre casos de contatos. Voltei a Hong Kong, juntei todo o meu dinheiro e decidimos dar a volta ao mundo durante um ano. Estivemos em 20 países, com paragem final em Hong Kong”, conta.
No regresso à região, Moon Fong ainda trabalhou durante algum tempo numa empresa de relações públicas. Depois, participou numa conferência sobre ovnis e decidiu-se por outra ocupação. Formou um clube de ovnilogia.
“Reuníamo-nos todas as segundas-feiras no Cosmic Noodles, um restaurante temático dedicado aos filmes sobre ovnis. As coisas prosseguiram e o clube nasceu”, descreve.
“Em dez anos demos milhares de entrevistas e depois começamos a ter palestras mensais”, conta também. O clube tem uma mailing-list de mais de um milhar de pessoas e cada curso sobre ovnilogia conta uma média de 60 inscritos. Recentemente, as sessões começaram a ser visitadas por interessados locais.
“Temos tido algumas pessoas de Macau – às vezes cinco ou seis –, que de uma forma muito consistente participam nas nossas palestras uma vez por mês”, conta a presidente da organização. E daí partiu a sugestão de organizar também um pequeno curso na RAEM.
Os objetivos eram inicialmente mais ambiciosos. “Eles queriam formar um clube, além de organizarem uma palestra. Mas acabamos por desistir e ficar apenas com a palestra. Enviamos o convite e as pessoas aderiram logo”, diz a oradora, que reconhece entusiasmo com o estudo dos fenômenos.
“É um pouco como o que sucedeu em Hong Kong há dez anos. Criou uma grande sensação. Garantiamos todos os meses 200 a 300 lugares no Museu da Ciência ou no Museu do Espaço”, recorda.
E a ideia para Macau é um pouco semelhante. “Podemos começar na rádio em Macau. Quando chegarmos ao ponto de ter uma audiência um pouco maior, as pessoas que participarem vão estar mesmo entusiasmadas com o assunto”, espera a locutora da RTHK.
Fonte: Ponto Final Macau
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