terça-feira, 26 de julho de 2011

Baúru e região preservam lendas


O sobrenatural, o desconhecido desperta o imaginário das pessoas. Noites de lua cheia, especialmente as que antecedem um dia santo, são as preferidas para a "aparição de assombrações".

Os relatos, pela maioria de pessoas que vivem em pequenas cidades, confirmam fatos que só alguns ‘olhos’ podem ver. Quem acredita em assombrações gosta de contar ‘causos’ que a ciência quase nunca comprova.

Histórias contadas pelos moradores rurais e pela população de cidades de pequeno porte são tidas como fruto do imaginário coletivo.

Dizem que muitas delas foram geradas para assustar os menos avisados, outras deram origem a festas populares que acontecem por todo o Brasil.

As lendas são fatos contados por pessoas e transmitidas de geração em geração. É uma mistura de fatos reais e históricos com acontecimentos fantasiosos.

Elas procuram explicar um fato sobrenatural ou um mistério e fazem parte do folclore, assim como os mitos que dão sentido à vida e ao mundo.

Algumas figuras como o Saci-Pererê , Mula-sem-Cabeça e Lobisomem se tornaram quase que universais, são conhecidas em todo o território nacional.

O menino que tem uma única perna, usa sempre um cachimbo e um gorro vemelho que lhe dá poderes, tem até a Associação Nacional de Criadores de Saci (ANCS).

Na região, a entidade tem representantes em Botucatu (100 quilômetros de Bauru), onde no mês de agosto acontece o Festival do Saci, em comemoração ao Dia do Folclore.

Nos festivais já realizados, os violeiros e contadores de ‘causos’ ganham espaço e divulgam a música e as tradições e superstições que envolvem a história de Saci Pererê.

Além dele, a Mula-sem-cabeça é outra figura bastante conhecida, a mulher que teve um romance com um padre e recebeu um castigo.

Ela se transforma em animal quadrúpede que galopa e salta sem parar, enquanto solta fogo pelas narinas nas noites de quinta para sexta-feira.

Já o Lobisomem é um mito que aparece em todo o mundo. O homem que foi atacado por um lobo e não morreu.

Passou a se transformar em lobo nas noites de lua cheia para atacar aqueles que encontra pela frente. Diz o mito que somente um tiro de bala de prata em seu coração poderia matá-lo.

Quem já viu a figura garante que ele tem pelos espessos, dentes salientes, mãos crispadas, olhos injetados e unhas compridas.

A aparência assustadora faz dele um dos mais temidos. A região de Bauru é farta em histórias misteriosas que despertam o imaginário dos moradores.

Na cidade de Dois Córregos, por exemplo, as lendas estão em um almanaque e, através dele, a população pode conhecê-las. São divididas em Ribeirinhas, Urbanas, Cachoeiras e Canavieiras.

A noiva que ficou esperando o noivo na capela, morreu e foi enterrada com o vestido da cerimônia, uma tragédia, e a menina de ouro que atrai as crianças para o interior da mata fazendo-as ficar perdidas são algumas das histórias que são contadas de geração em geração.

Já o Unhudo, um vivo-morto que atormenta os que tentam pegar jabuticaba ou orquídea na mata é uma lenda contada em Dois Córregos e em Mineiros do Tietê. Seu tapa, segundo a lenda, faz a vítima atravessar o Tietê de um lado para outro em poucos segundos.



Fonte:
JCNET



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