Um novo relatório revelou
as origens do incrível navio de 9,75m de comprimento encontrado por
trabalhadores que faziam a gigantesca reconstrução no local onde estava o
World Trade Center.
Os restos da embarcação foram encontrados a 6,7
metros abaixo do atual nível da rua, ao sul de onde estavam as Torres Gêmeas,
em julho de 2010. Este verdadeiro esqueleto de madeira estava há muito
escondido, em meio à lama e ao mau cheiro.
Agora, de acordo com uma análise
dos anéis das árvores de carvalho usadas para a construção do navio, os
achados indicam que ele, provavelmente, é de 1773, ou pouco depois,
proveniente de um pequeno estaleiro perto da Filadélfia.
Além do mais, o navio foi, talvez, feito a partir do mesmo tipo de
árvores de carvalho branco usado para erguer partes do Independence
Hall, onde foi assinada a Declaração de Independência
e a Constituição dos Estados Unidos, de acordo com um estudo publicado
este mês na revista Tree-Ring Research.
As análises das madeiras foram
realizadas pelo Laboratório de Conservação Arqueológica de Maryland e
pelo Laboratório Tree Ring do Observatório da Terra Lamont-Doherty da
Universidade de Columbia, em Palisades, Nova York. A equipe estabeleceu
que as árvores utilizadas para a construção do navio teriam mais de 100
anos de idade.
"Podemos ver que, naquela época, na Filadélfia, ainda havia uma
grande quantidade de florestas antigas, e [elas estavam] sendo usadas
para a construção naval e construção do Independence Hall", disse ao
site Live Science o líder do novo estudo, Dario Martin-Benito, do
Instituto Federal Suíço de Tecnologia (ETH) em Zurique.
"A Filadélfia
foi uma das mais - se não a mais - importante cidade na construção
naval dos EUA na época e eles tinham muita madeira, por isso faria muito
sentido que essa madeira pudesse ser de lá."
Os historiadores ainda não
estão muito certos se o navio afundou acidentalmente ou se foi
propositadamente submerso para se tornar parte de um aterro utilizado
para aumentar a faixa do litoral de Lower Manhattan.
Ostras encontrados
fixas ao casco do navio sugerem que, pelo menos, a embarcação definhou
na água durante algum tempo antes de ser enterrada por séculos por
camadas de lixo e sujeira.
Fonte: History
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