quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Ann Hodges é o único ser humano da história a ser atingido por um meteorito





Hematoma causado em Ann pelo impacto do meteorito (Foto: Reprodução)
 
 
 
Estranho incidente que ocorreu em 1954 fez moradores de uma pequena cidade do Alabama pensarem que estavam sendo atacados pela União Soviética.
 
 
Era uma tarde ensolarada de inverno no final de novembro de 1954, e Ann Hodges cochilava no sofá de sua casa na pequena cidade americana de Sylacauga, Alabama. Subitamente ela foi acordada por um objeto arredondado do tamanho de uma bola de beisebol destruindo seu telhado. 
 
 
Depois de fazer o estrago no teto, o pedaço de pedra negra ainda quicou em um rádio e acertou Ann em cheio na região da cintura. 
 
 
Como confirmaria um geólogo poucas horas depois, a esfera se tratava de um meteorito, e seu impacto no corpo de Ann, além de deixar um grande hematoma perto da barriga, ainda fez com que ela entrasse para a história como o único caso confirmado em que um ser humano foi atingido por uma pedra do espaço.
 
 
A probabilidade de sofrer um acidente deste tipo é absurdamente remota. “Pense em quantas pessoas já viveram ao longo da história humana”, disse o astrônomo especialista em meteoros Michael Reynolds a National Geographic.


“Você tem mais chances de ser atingido por um tornado, um raio e um furacão, todos ao mesmo tempo”, afirmou. Talvez por causa desta improbabilidade, muitos dos moradores da cidade não compraram a história.


Quando Eugene Hodges, marido de Ann, voltou do trabalho naquele dia, encontrou sua casa cercada por curiosos querendo entender o que havia ocorrido. Em plena Guerra Fria, muitos estavam convictos de que aquilo tinha sido um ataque da União Soviética.


Para evitar que a situação saísse do controle, o xerife local confiscou a rocha e a enviou à Força Aérea, que deu o ultimato de que era mesmo um meteorito. A população se tranquilizou com o anúncio e iniciou uma campanha para que a pedra fosse devolvida a Ann, que concordava com a ideia.


“Eu sinto como se o meteorito fosse meu”, ela disse, de acordo com o Museu de História Natural do Alabama, para quem doaria o objeto dois anos depois. “Eu acho que Deus pretendia ele para mim. Afinal, ele me acertou!”, afirmou ainda.


Mas a história não acabou aí: depois de conseguir o meteorito de volta, o casal ainda teve que brigar na justiça por ele. Isso porque eles eram inquilinos de uma recém viúva chamada Birdie Guy, que desejava-o para si e entrou com um processo alegando que a bolota espacial lhe pertencia, já que havia caído em sua propriedade.


A proprietária abriu mão da reivindicação por US$ 500, valor pago de bom grado por Eugene, que acreditava que poderia faturar alto com a pedra. Após ter sua expectativa frustrada, Eugene e Ann resolveram fazer a doação ao museu.


Segundo o diretor da instituição, a moça jamais foi a mesma depois de todo o frenesi. Alguns anos mais tarde ela sofreu um colapso nervoso, se separou do marido em 1964 e morreu de falência renal em 1972, com apenas 52 anos.


“Ann não era uma pessoa que buscava os holofotes. Os Hodges eram apenas pessoas simples do campo, a eu realmente acho que toda a atenção foi sua derrocada”, disse Randy Mecredy.






Fonte: Galileu

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