Um galo que nasceu com quatro patas se tornou a atração de uma
fazenda em Cardoso, cidade de 12 mil habitantes no Interior de São
Paulo. O xodó tem sete meses e, embora os membros sobressalentes não
funcionem, apresenta desenvolvimento normal para um animal de sua idade.
Segundo Valdeir Carlos de Lima, dono da propriedade onde o galo nasceu,
esse foi o primeiro animal fora dos padrões nascido na fazenda desde
que ele comprou as terras, há 12 anos. "Antes dele, só tinha galo e
galinha de duas patas. Esse foi o diferente", conta.
Segundo
Lima, por conta das quatro patas, ninguém pensou que ele sobreviveria.
"Ele não ficava em pé, foi aprendendo a se equilibrar com o tempo. Hoje,
tem vida normal, mesmo com as patas extras", conta.
A única
diferença, segundo o fazendeiro, é que o animal é rejeitado por outros
galos. "Os bichos avançam nele, querem bater. Até as galinhas d'Angola
bicam ele. Como ele não corre direito, mantemos ele separado dos
demais", conta.
FAMA
Lima conta que o animal chamava a tenção de todos que o visitavam na fazenda. O pintor Diorando Luiz da Silva, 40, foi um deles. "Em maio, visitei a fazenda e vi o galo. Não acreditei, fiz imagens e coloquei no Facebook. A partir dai, foi um tal de gente querendo ver o galo que não acaba mais", disse.
Segundo o
pintor, as fotos feitas por ele estão no celular para provar que o galo
tem, realmente, quatro patas. "Muita gente vem me perguntar se é
verdade, ai eu mostro. Mas outros só acreditam quando vão até lá ver",
explica.
Mutação genética
Para o
veterinário Fernando Tavares, o fenômeno deve ter sido gerado por conta
de uma alteração genética no embrião. "Essas má-formações geralmente
ocorrem quando o feto está dentro do ovo e podem ser causadas por
biológicas,químicas ou até mesmo climáticas, se houver grande variação
de temperatura", disse.
O especialista também informou que outra
possibilidade para explicar o caso é que o ovo tenha sido gerado com
duas gemas. "Nesse caso,o embrião mais forte e maior acabou absorvendo o
outro e as patas ficaram", disse.
Ele explicou, entretanto,
que, embora problemas de má-formação sejam comuns, o raro da situação é o
animal sobreviver. "Pouquíssimos sobrevivem e, entre eles, quase nenhum
chega à idade adulta. Esse galo é uma exceção", explica.
O
veterinário explica que é comum animais nascerem com algum tipo de
deformidade, como o caso do galo. Para ele, a raridade está em outro
fator. "O que é raro é o animal chegar à fase adulta. Na maioria dos
casos eles morrem antes disso", diz.
Fonte: UOL
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