terça-feira, 3 de novembro de 2015

NASA investiga formações misteriosas no solo do Cazaquistão, com símbolos capturados por satélites





Com imagens de satélites, a NASA começou a investigar diversas formações misteriosas presentes no solo do Cazaquistão, com figuras geométricas feitas através de terraplanagem.



Os desenhos e símbolos compostos pelas formações são apenas reconhecíveis por vista aérea, com o mais antigo previsto a ter 8 mil anos. 


De todas as formações encontradas, a maior é formada por 101 montes, que aglomeram-se em um quadrado gigante com os cantos ligados por uma cruz, próximo a um povoado neolítico. 
 
 
Uma outra assemelha-se com uma suástica nazista de três pontas em zigue-zague. Todas essas formações de terraplanagem estão localizadas em Turgai, ao norte do Cazaquistão, e foram reveladas no ano passado, em Istambul, na Turquia, durante uma conferência de arqueologia. 


Os 260 símbolos formados por inúmeros tipos de formação, possuem cinco formas básicas e são únicos, jamais sendo estudados no passado. 
 
 
Um economista, chamado Dmitriy Dey, do Cazaquistão, avistou uma formação estranha em 2007, por acaso, enquanto procurava pirâmides no território de seu país, pelo Google Earth, inspirado por um documentário na TV. Desde então, eles vêm sendo estudados. 
 

Conhecidos como Geoglifos da Estepe, a NASA demonstrou, há algumas semanas, que possui interesse total na investigação das formações através de seus satélites, revelando algumas imagens feitas por eles a 700 km de altura. 
 
 
“Eu nunca vi nada parecido com isso, é notável”, afirmou Compton J. Tucker, um cientista da NASA, que forneceu as imagens arquivadas. Para Ronald E. LaPorte, cientista da Universidade de Pittsburgh, nos EUA, a ajuda da NASA é fundamental para apoiar novas pesquisas. Ele ajudou a divulgar as descobertas. 


Dey compilou as imagens encontradas por ele em um arquivo de PowerPoint, e agora a NASA anexou as novas imagens ao arquivo. Ele acredita que as figuras era “observatórios horizontais para acompanhar os movimentos do sol nascente”, e não figuras a serem vistas do ar.


No período cretáceo, ou seja, há 100 milhões de anos, a região de Turgai era dividida em duas partes, por um estreito que cruzava o Mediterrâneo e o Oceano Ártico, e suas terras eram procuradas por tribos para a caça. 
 
 
Segundo a pesquisa de Dey, a cultura Mahandzhar (7.000 a.C a 5.000 a.C), poderia estar ligada às figuras mais antigas, mas os cientistas acreditam que uma população tipicamente nômade não deixaria rastros tão sólidos e consideráveis. 


De acordo com Persis B. Clarkson, arqueólogo da Universidade de Winnipeg, no Canadá, essas construções e outras similares no Peru e no Chile mudaram as visões dos cientistas sobre os primeiros nômades. 
 
 
“A ideia de que caçadores-coletores pudessem acumular o número de pessoas necessárias para realizar projetos em grande escala, como a criação dos geoglifos no Cazaquistão, tem feito os arqueólogos repensar profundamente a natureza e o calendário das organizações sofisticadas em grande escala dos seres humanos como algo que antecede as sociedades assentadas e civilizadas”, disse ele. 


Giedre Motuzaite Matuzeviciute, arqueóloga da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, e professora da Universidade de Vilnius, na Lituânia, acredita que as estruturas não possam ser chamadas de geoglifos, que é um termo aplicado às linhas de Nazca, no Peru, que retratam animais e plantas, pois o termo é usado para definir arte, não objetos funcionais. 
 
 
Ela e os colegas descobriram que um dos montes era de 800 a.C, e os mais antigos, de mais de 8 mil anos. Alguns se mostraram ser da Idade Média. 


Hoje, a lista de Dey apresenta 260 formações, e ele pretende construir uma base de operações. “Nós não podemos desenterrar todos os montes. Isso seria contraproducente. Precisamos de tecnologias modernas, como eles têm no Ocidente”, disse ele, referindo-se à ajuda da NASA. 


A equipe de pesquisa já pensou em utilizar drones para a investigação, da mesma forma que o Ministério da Cultura no Peru tem feito para mapear e proteger os geoglifos mais antigos. 
 
 
Porém, eles precisam ser rápidos, pois a formação conhecida como Cruz Koga, por exemplo, já teve uma boa parte destruída por construtores de estradas, no início do ano, mesmo após Dey ter avisado as autoridades sobre o local.




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