O estudo das formas de vida do Ártico durante o período Eoceno ajuda a entender os efeitos de mudanças climáticas, afirmou um dos cientistas.
Há mais de 50 milhões de anos, o Ártico
Canadense era um lugar quente e úmido, habitado por jacarés, tartarugas
gigantes e - como foi descoberto recentemente - pássaros gigantes sem
asas.
Um novo estudo
feito por cientistas da Academia Chinesa de Ciências de Pequim e da
Universidade do Colorado em Boulder confirmou que um osso fossilizado de
um dedo do pé descoberto nos anos 70 na ilha de Ellesmere pertenceu a
um membro da espécie Gastornis.
O
pássaro, o qual cientistas acreditam ter possuído a estatura de um
humano, cabeça com tamanho igual a uma de cavalo e peso de vários
quilos, vagou pelo Ártico durante o período Eoceno, entre 50 e 53
milhões de anos atrás, alimentando-se de folhas, nozes, sementes e frutas
de casca dura.
O dedo - um achado
raro, uma vez que os ossos de pássaros não duram tanto quanto os de
mamíferos ou répteis - foi encontrado nos anos 70 por uma equipe de
paleontologia composta por Mary Dwanson, Robert (Mac) West, Howard
Hutchinson e Malcom McKenna.
O item permaneceu "perdido" na lista de fósseis até que os autores resolveram compará-lo com ossos de Gastornis encontrados no Wyoming datando do mesmo período. Fósseis dessa espécie também foram encontrados na Ásia e na Europa.
Estudando o passado para compreender o futuro
As
descobertas ajudam a deduzir com o que o Ártico se parecia durante o
período Eoceno, quando a ilha de Ellesmere ainda era uma área quente e
cheia de pântanos.
Isso, por sua vez,
nos fornece uma ideia de como as mudanças climáticas poderão alterar o
ambiente setentrional. Para desenvolver modelos climáticos acurados
capazes de prever o futuro, os cientistas precisam de dados concretos do
passado - especialmente de antigos períodos de calor no Ártico.
Fonte: TN Online
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