O navio foi encontrado com a ajuda de um sonar lateral
Caça-minas ‘Roberto Ivens’ - Foto retirada de: marinha.pt
Descoberta acontece a poucos dias do centenário da entrada oficial de Portugal na Primeira Grande Guerra.
No
dia 26 de julho de 1917, o caça-minas Roberto Ivens, um antigo arrastão
chamado Lordelo, afundou-se em poucos minutos, quando embateu numa mina
deixada por um submarino alemão perto da entrada da barra do Tejo.
Esta
foi a primeira baixa de um navio português na Primeira Grande Guerra,
na qual o país entrou oficialmente a 9 de março de 1916, quando a
Alemanha declarou guerra a Portugal - vão cumprir-se agora 100 anos. O
destroço do Roberto Ivens foi agora localizado a 12 milhas a sul de
Cascais pela Marinha Portuguesa.
A
descoberta surge na sequência de uma investigação lançada pela equipe de
Paulo Costa, do Instituto de História Contemporânea, com o apoio da
Comissão Cultural da Marinha e do Instituto Hidrográfico, no âmbito da
preparação do programa de atividades para assinalar o centenário da
entrada de Portugal na guerra.
O
afundamento do Roberto Ivens causou a morte de 15 elementos da
tripulação, incluindo o comandante Raul Alexandre Cascais. Os sete
sobreviventes foram recolhidos pelo rebocador Bérrio.
A
localização do Roberto Ivens numa zona distinta da que era era dada
como certa na documentação oficial vai permitir "aprofundar o
conhecimento sobre a presença e o papel da Marinha durante o período
conturbado da Grande Guerra e, simultaneamente, lança um novo olhar
sobre a real dimensão da ameaça submarina alemã em águas territoriais
portuguesas",segundo um comunicado do ministério da Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior.
A Marinha vai
prosseguir agora os trabalhos com a utilização de um ROV, para
inspecionar de perto os destroços, recolhendo imagens que permitam
aprofundar o seu estudo arqueológico.
Fonte: DN
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