Segundo o professor Andrew Watson, da Universidade de East Anglia, seres humanos evoluíram através de quatro "estágios críticos" e que a probabilidade de esses mesmos estágios terem ocorrido em outro planeta é de menos de 0,01%.
Os quatro estágios seriam: bactéria de uma única célula, células complexas, células especializadas que permitem formas complexas de vida e vida inteligente com uma linguagem estabelecida.
A descoberta de planetas em galáxias distantes tem aumentado a busca por vida inteligente fora da Terra.
"Mas formas complexas de vida podem ser um fenômeno raro, e seres observadores ainda mais raros", escreve Watson.
Por isso, segundo ele, dezenas de milhares de planetas semelhantes à Terra poderão ser encontrados antes que seja possível encontrar um que sirva de abrigo para organismos sofisticados.
A razão para isso é que o "período habitável" de um planeta com as mesmas características da Terra - estimado em 5 bilhões de anos - raramente será suficiente para que organismos complexos se desenvolvam.
"Acredita-se que nós, seres humanos, tenhamos evoluído no fim do período habitável da Terra, e isso sugere que a nossa própria evolução é improvável. Na verdade, o momento em que os eventos se deram é consistente com o fato de que é realmente muito raro", afirma Watson.
"Isso tem um impacto no nosso entendimento sobre a probabilidade de vida complexa e inteligência ocorrendo em qualquer outro planeta", completou.
Modelos da temperatura global futura sugerem que, devido à crescente luminosidade solar, o futuro período de vida na Terra será de "apenas" mais um bilhão de anos - pequeno se comparado aos quatro bilhões de anos desde que formas de vida apareceram no planeta.
"A noção de que a evolução envolve uma progressão previsível, de tal forma que a emergência de inteligência é inevitável é considerada extremamente antropocêntrica", afirma Watson.
"O tipo de evolução que aconteceu na Terra pode ser incrivelmente improvável", afirma.
Fonte: BBC
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